Por Patrícia Rosa
As mulheres do terreiro Nzo Mungongo Lembeuaji Junsara, realizaram na noite desta sexta-feira(05/07), o evento Xirê das Pretas “Juventude Negra e os Caminhos da Ancestralidade”. A casa, que fica no Bairro de Ondina em Salvador, presenteou ao público com um bate-papo com mulheres negras, jovens, iniciadas no candomblé, para juntos conversar sobre o que é ser de Axé, suas responsabilidades, aprendizado, respeito e continuidade de um legado.
A Mediadora do evento Dai Costa, Makota Ndanbulakossi e graduanda em Pedagogia, cita sobre a importância de debater sobre a juventude do candomblé, “Nós precisamos conversar sobre quais serão as estratégias que vamos desenvolver, pois o racismo vem desfalecendo e desmiuçando e estraçalhando o que é tradição”. “Eu acredito que a espiritualidade é o que vai dar base para enfrentar as adversidades da sociedade viverá”.
As convidadas falaram sobre a importância da união dos povos de terreiro, de um olhar interno para proteção dos seus, enfrentamento a intolerância e racismo religioso.Foram abordados também assuntos como, as vivências nos terreiros e adaptação a assuntos de gêneros e sexualidade na religião para a construção do respeito e o bem-viver, educação e a importância da escuta aos mais velhos.
A roda também enriqueceu o debate com seus relatos, vivências e construção de táticas de vivencias.Todos saíram com o gosto de quero mais, com o desejo da realização de eventos como aquele, em seus terreiros.
A programação fez parte da rica agenda da 7ª edição do Julho das Pretas 2019.