Texto: Divulgação
Na última sexta-feira (5), organizações de base, coletivos e lideranças do movimento social baiano reuniram-se na Casa do Olodum, em Salvador (BA), para dialogar sobre filantropia comunitária, justiça racial e fortalecimento de estratégias de articulação em rede.
O encontro “Rodas de Futuro”, que foi realizado pela Yalodês – Redes de Advogadas Negras, com apoio do Fundo Brasil de Direitos Humanos e do Instituto Juristas Negras, promoveu um espaço de reflexões políticas para fomentar a construção coletiva em torno da sustentabilidade das lutas antirracistas na Bahia.
A programação teve início com uma roda de conversa que destacou a importância da filantropia enraizada nas comunidades como motor de transformação social. “O objetivo é pensar o futuro a partir da base, da nossa vivência, da nossa escuta. É articular saberes e estratégias que fortaleçam as lutas que já existem nos territórios”, afirmou Monique Damas, diretora-executiva do Instituto Juristas Negras.
O diálogo contou com a participação de representantes de organizações apoiadas pelo edital “Enfrentando o Racismo a Partir da Base”, além de coletivos e redes engajadas na defesa dos direitos humanos.
Também estiveram presentes mulheres egressas do sistema prisional que integram o projeto “Mulheres & Cárcere: a liberdade é uma luta constante”, desenvolvido pelo Instituto Juristas Negras em parceria com o Conjunto Penal Feminino de Salvador. Na ocasião, foram debatidas formas de ampliar as oportunidades de reinserção no mercado de trabalho e garantir a continuidade do projeto, que oferece orientação jurídica, apoio psicossocial e formação para mulheres em privação de liberdade ou já em processo de reintegração social.