Polícia prende 3 homens pela morte Moïse Kabamgabe, congolês brutalmente assassinado no RJ

Nesta terça-feira (01) três homens foram presos pela morte do congolês de 24 anos Moïse Kabamgabe. O caso ocorreu no quiosque Tropicália na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro no dia 24 de janeiro, mas só agora veio a tona.

Os três suspeitos devem ser indiciados por homicídio duplamente qualificado com impossibilidade de defesa da vítima e meio cruel 

Da Redação

Imagem: Reprodução TV/Globo

Nesta terça-feira (01) três homens foram presos pela morte do congolês de 24 anos Moïse Kabamgabe. O caso ocorreu no quiosque Tropicália na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro no dia 24 de janeiro, mas só agora veio a tona. Os presos irão responder por homicídio duplamente qualificado, por impossibilidade de defesa da vítima e meio cruel.  

O jovem, que nasceu no Congo, na África, mas deixou o país com a família para fugir da guerra e da fome, trabalhava como atendente no estabelecimento. E foi espancado até a morte no local, depois de cobrar seus pagamentos atrasados ao dono, cujo nome, de acordo com o perfil do grupo Anonymous em sua conta no Twitter, é Luciano Martins de Souza.

De acordo com informações da polícia os presos são Fábio Silva, vendedor de caipirinhas que estava escondido na casa de parentes; Alisson Cristiano Alves de Oliveira, que gravou vídeo admitindo a agressão e se apresentou na 34ª DP em Bangu; e um terceiro suspeito que não teve a identidade divulgada pela polícia. A polícia apreendeu uma barra de madeira utilizada no crime e descartada em um local próximo do Quiosque. Moïse Kabagambe recebeu ao menos 30 pauladas dos agressores

O dono no quiosque Tropicália chegou a ser ouvido na tarde desta terça-feira (1) pela Divisão de Homicídios do Rio. A perícia no corpo de Moïse indica que a causa da morte foi traumatismo do tórax, com contusão pulmonar, causada por ação contundente. O laudo do IML diz que os pulmões do congolês tinham áreas hemorrágicas de contusão e também vestígios de broncoaspiração de sangue.

Nesta segunda-feira (31), a família do jovem esteve na Comissão de Direitos Humanos da OAB, que também vai acompanhar o caso. Na manhã desta terça, o prefeito Eduardo Paes disse que a morte do rapaz é inaceitável e que a prefeitura está acompanhando o caso.

Também nesta terça-feira (1), a Coalização Negra por Direitos informou através das redes sociais que vai denunciar a morte de Moïse à ONU, com objetivo de dar ao caso repercussão mundial.

A denúncia está prevista para esta quarta-feira (2), em uma reunião do coordenador da coalização e historiador Douglas Belchior com o Subcomitê de Prevenção à Tortura da organização.

Na última segunda-feira (31), o Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para Refugiados no Brasil (ACNUR Brasil), a Organização Internacional para Migrações (OIM Brasil) e o Programa de Atendimento a Refugiados e Solicitantes de Refúgio (PARES Caritas RJ) divulgaram uma nota de “condolências e solidariedade” à família do congolês.

*Com informações do G1

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