Policiais que mataram homem negro após confundirem um pedaço de madeira com fuzil são afastados

Os policiais militares envolvidos na morte do catador  de recicláveis Dierson Gomes da Silva, de  50  anos, foram afastados dos cargos.

Dierson Gomes era  catador de materiais recicláveis e estava no quintal de casa quando foi atingido

Da Redação

Imagem: Reprodução

Os policiais militares envolvidos na morte do catador  de recicláveis Dierson Gomes da Silva, de  50  anos, foram afastados dos cargos. O homem carregava um pedaço de madeira no quintal de casa, quando foi baleado nas costas  pelos agentes durante uma operação na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. A polícia admitiu  que o homem foi morto por engano, após confundirem o objeto com um fuzil.

O crime aconteceu nesta quinta-feira (05), a vítima possuía deficiência intelectual. A sobrinha de Dierson, Jurema Silva de Souza, relatou ao portal G1 a sua revolta e dor em ver seu tio ser assassinado pelo estado.

“Levou um tiro nas costas, um  homem do bem que trabalhava catando reciclagem. Eles estavam com um fuzil na mão e não conseguiram identificar uma madeira? Se eu estou com fuzil na mão, é só comparar”, desabafou. 

A polícia se pronunciou por nota  declarando que foi aberto um procedimento apuratório das circunstâncias da morte e reconhecendo a ação dos policiais:

“Uma equipe da unidade se deslocava pela localidade do Pantanal, quando se deparou com um homem conduzindo o que aparentava ser um fuzil, pendurado em uma bandoleira. Os policiais efetuaram disparos e o atingiram. A área foi isolada e a Delegacia de Homicídios da Capital foi acionada para a perícia”, declarou a polícia. 

O caso está sob investigação da Corregedoria da Polícia, os policiais tiveram as armas apreendidas. Os três policiais foram ouvidos, mas seguem em liberdade.

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