Programa PIPOU segue com inscrições abertas para edital de apoio à permanência de estudantes indígenas no ensino superior

Seguem abertas até a próxima quarta-feira (4) as inscrições para o segundo edital do Programa Indígena de Permanência e Oportunidades na Universidade – PIPOU, com objetivo de apoiar a permanência de indígenas no ensino superior. Serão

Serão ofertadas 55 novas vagas para candidatos matriculados em 27 Instituições de Ensino Superior listadas pelo edital, entre elas o IFBA, a UNEB e a UFBA

Por Andressa Franco

Imagem: Reprodução

Seguem abertas até a próxima quarta-feira (4) as inscrições para o segundo edital do Programa Indígena de Permanência e Oportunidades na Universidade – PIPOU, com objetivo de apoiar a permanência de indígenas no ensino superior. Serão ofertadas 55 vagas para receber bolsas no valor de R$ 1 mil por mês, além de um computador portátil.

O PIPOU oferece ainda acompanhamento pedagógico e atividades extracurriculares, como a promoção de debates e reflexões que contribuam para o acesso a direitos. A iniciativa é fruto da parceria entre o ISPN – Instituto Sociedade, População e Natureza e a Vale.

Para concorrer a uma vaga, o estudante deverá ter iniciado seu curso nos anos de 2021 ou 2022 e estar matriculado em uma das 27 Instituições de Ensino Superior (IES) listadas no edital, entre elas estão o Instituto Federal da Bahia (IFBA); Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). Para acessar a lista completa, clique aqui.

Também é necessário estar na primeira graduação e não possuir vínculo empregatício. Quanto à distribuição das vagas ofertadas, até 20 serão destinadas aos povos com os quais a empresa se relaciona: Gavião (TI Mãe Maria-PA); Guajajara (TI Rio Pindaré e TI Caru); Tupinikin e Guarani (TI Tupiniquim Guarani, TI Caieiras Velhas II, TI Comboios – ES); Krenak (TI Krenak-MG), Kayapó (TI Kayapó), Xikrin (TI Xikrin do Cateté). As outras 35 vagas serão destinadas a estudantes de outros povos.

A seleção será composta por três etapas: o preenchimento e envio de um formulário junto à documentação solicitada, além de uma pequena redação sobre sua trajetória de vida até o ingresso no ensino superior. A redação será avaliada com base no conteúdo e ideias apresentadas. Os candidatos selecionados a partir do desempenho na redação e também do histórico acadêmico serão encaminhados para a última etapa, uma entrevista. Nela, o critério principal de avaliação será o envolvimento demonstrado pelo candidato em relação ao seu curso de graduação e à sua comunidade/povo indígena.

A divulgação do resultado final será feita através do site do ISPN até o dia 24 de março de 2023.

De acordo com o Censo da Educação Superior, o número de universitários que se autodeclararam indígenas passou de cerca de 7 mil em 2010 para 57.706 em 2018, último dado conhecido. Desde 2012, a Lei de Cotas garante que, dentro das vagas reservadas para estudantes oriundos de escolas públicas e de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo per capita, haja uma parcela reservada para estudantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas e por pessoas com deficiência.

Apesar dos frutos da ação afirmativa, o edital surgiu pensando em contribuir para a permanência dos estudantes indígenas nas universidades considerando dificuldades como a carência de recursos financeiros, ausência de acolhimento acadêmico e desafios pedagógicos no estudo das disciplinas. 

A estruturação do programa é feita através do seu Colegiado que é composto por dois representantes do movimento indígena brasileiro, dois professores de universidades públicas, dois representantes dos estudantes indígenas, dois representantes do ISPN e dois representantes da Vale. A execução técnica do programa cabe ao ISPN, que articula todas as instâncias envolvidas para realizar a iniciativa.

Para acessar o Edital PIPOU, clique aqui.

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