Salvador (BA) sedia evento com temáticas de justiça racial e tecnologia 

Intitulado “Conexões para o Bem Viver” o evento discute racismo algorítmico, direito à comunicação e combate à desinformação
Imagem: Freepik

Texto: Divulgação

Após dez anos, mulheres negras de todo o Brasil se prepararam para a segunda Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, marcada para 25 de novembro de 2024. Como parte das mobilizações, Salvador (BA) sediará o evento Conexões para o Bem Viver:  Reparação, Justiça Racial e Tecnologias Digitais, nos dias 28 e 29 de maio, das 14h às 19h, no Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

O encontro, que ocorre em paralelo ao Fórum de Governança da Internet (IGF), reunirá organizações negras, ativistas, pesquisadoras e comunicadoras para debater temas como justiça racial, direito à comunicação, equidade digital e combate à desinformação. A programação inclui discussões sobre:

  • Articulações e apropriações das tecnologias digitais para a construção de novos mundos e o Bem Viver;
  • (In)formar na Era Digital: estratégias para combater a desinformação entre crianças e adolescentes (com enfoque na Lei  Geral de Proteção de Dados – LGPD);
  • Plataformas Digitais e Racialidade: desafios e caminhos para garantir direito à comunicação e equidade racial;
  • Da Justiça Ambiental à Justiça Algorítmica: governança e negociação dos impactos das tecnologias. 

Local e inscrições  

O evento acontecerá na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA (Praça Inocêncio Galvão, nº 42, Largo Dois de Julho), com entrada gratuita. As inscrições podem ser feitas através do link: Inscrições para Conexões e Bem Viver.

Marcha das Mulheres Negras

A Marcha das Mulheres Negras retoma a luta histórica por reparação, direitos e Bem Viver, em um contexto de aumento do racismo, violência de gênero e desigualdades digitais. O evento em Salvador reforça a articulação nacional das mulheres negras, destacando a tecnologia como ferramenta de resistência e transformação social.

Em 2020, em um debate no Festival Literário de Paraty (Flip), Djamila Ribeiro destacou:

“Os algoritmos reproduzem o racismo porque são criados por uma sociedade racista. A branquitude é tomada como universal, e isso precisa ser desconstruído.”

A iniciativa integra uma série de encontros preparatórios para a Marcha, que deve levar milhares de mulheres negras a Brasília em novembro, reivindicando políticas públicas e justiça social.

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