Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Salvador recebe exposição “Eco Malês”, mostra sobre um dos maiores levantes liderados por africanos na história do Brasil

A  exposição reúne 114 obras de 48 artistas e fica em cartaz de terça a domingo, até maio de 2025
Imagem: Gabriel Martins

Texto: Divulgação

Está em cartaz na Casa das Histórias de Salvador (CHS), localizada no Bairro do Comércio, a mostra “Ecos Malês”, uma exposição sobre a Revolta dos Malês, um dos maiores e mais representativos levantes liderados por africanos na história do Brasil, que aconteceu em Salvador no ano de 1835. A exposição reúne 114 obras de 48 artistas em parceria com o coletivo Arquiteturas da Revolta, que refletem sobre as influências contemporâneas da luta pela liberdade dos africanos escravizados e libertos em Salvador, durante o século XIX. 

A mostra traz a história do levante protagonizado por africanos muçulmanos, conhecidos como malês, em sua maioria haussás e nagôs, se destacou como um dos maiores e mais documentados movimentos de resistência escravista no Brasil. A intenção do movimento era libertar compatriotas escravizados e estabelecer um governo islâmico na Bahia.

O “Ecos Malês” tem a curadoria de João Victor Guimarães e co-curadoria de Mirella Ferreira. Segundo o curador, o público pode esperar uma exposição pensada para dialogar e se aproximar por meio de seus artistas contemporâneos e com obras que vão além do que é visual. 

“Salvador tem a chance de acessar uma exposição que fala de uma revolta que aconteceu na cidade, feita por negros africanos escravizados e libertos, que não foi vitoriosa diante dos seus anseios, dos seus planos e propostas, mas foi vitoriosa na medida que permanece com os seus fundamentos na nossa sociedade”, declara João Victor.

Embora o movimento ocorrido entre os dias 24 e 25 de janeiro de 1835 tenha sido violentamente reprimido, o impacto da Revolta dos Malês foi duradouro, e teve importante contribuição para um crescente movimento abolicionista no Brasil, culminando na promulgação da Lei Eusébio de Queirós em 1850, que proibiu o tráfico transatlântico de escravizados, além de deixar marcas significativas na história de Salvador e na luta afro-brasileira por liberdade.

“O eco não é o som original, Salvador não se tornou a República islâmica que os Malês queriam, mas Salvador também é um Eco do que os Malês ansiavam”, acrescenta o curador da exposição. 

A co-curadora Mirella Ferreira acredita que “a exposição Ecos Malês olha para a cidade de Salvador e deseja ser olhada por ela. O espaço expositivo propõe diálogo e troca com as pessoas visitantes, com o intuito de construir pensamentos e novas perspectivas de futuro a partir dos ecos de liberdade”.

As obras expostas incluem esculturas, pinturas, fotografias, gravuras, site specific de paredes de adobes, macumbas pictóricas (que é como o artista Cipriano se refere à própria obra), bandeiras, patuás e vídeo performance, divididas em três núcleos: Encontrar, Ruas da Revolta, e Inventar (Liberdade e Defesa). 

Ecos Malês conta com assistência de curadoria de Ana Clara Nascimento, Breno Silva e David Sol. Coordenação de produção de Leonardo Góis e expografia assinada por Gisele de Paula. A pesquisa histórica é de Gabriela Leandro Gaia com auxílio de David Sol.

A exposição estará disponível de terça a domingo, das 9h às 17h (com entrada gratuita até às 16h), em cartaz até maio de 2025. 

SERVIÇO, 

Exposição: Abertura da Exposição Ecos Malês

Período da exposição: 1° de novembro de 2024 a maio de 2025

Local: Casa das Histórias de Salvador

Endereço: Rua da Bélgica, 2 – Comércio

Ingresso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) – Venda na bilheteria da Casa das Histórias de Salvador ou na plataforma Sympla / Acesso gratuito às quartas-feiras (convenção municipal) 

Ingresso único: Os visitantes também poderão visitar a Galeria Mercado (Subsolo do Mercado Modelo) com o mesmo ingresso.

Compartilhar:

.

.
.
.
.

plugins premium WordPress