Uber lança campanha para combater racismo na plataforma

Com o objetivo de combater o racismo dentro da sua plataforma, a Uber lançou a campanha “Se você é racista, a Uber não é pra você”. O projeto pretende divulgar dentro do próprio aplicativo, de maio a julho, uma série de vídeos desenvolvidos junto a especialistas para serem acessados pelos usuários e motoristas. A divulgação chegou por e-mail aos usuários no

O projeto VAI divulgar dentro do próprio aplicativo uma série de vídeos desenvolvidos junto a especialistas para serem acessados pelos usuários e motoristas.

Por Andressa Franco

Imagem: Uber Divulgação 

Com o objetivo de combater o racismo dentro da sua plataforma, a Uber lançou a campanha “Se você é racista, a Uber não é pra você”. O projeto pretende divulgar dentro do próprio aplicativo, de maio a julho, uma série de vídeos desenvolvidos junto a especialistas para serem acessados pelos usuários e motoristas. A divulgação chegou por e-mail aos usuários no início da semana, perguntando: “Será que você já foi racista?”, e explicando que a intenção da campanha é, mais do que remover ofensores da plataforma, ajudar a prevenir que esses comportamentos aconteçam.

Mas a primeira parte da campanha já teve início, a empresa espalhou painéis em pontos de ônibus e locais movimentados de diversas cidades brasileiras com frases racistas que já foram ditas por passageiros e também por motoristas, como “não iria com um negro” ou “desculpa, me assustei quando você abriu a porta”. A Uber lançou um projeto semelhante no carnaval de 2020, quando também espalhou painéis com frases, como “Você é do bloco dos assediadores, racistas ou LGBTfóbicos? A Uber não é para você”.

Em abril, o podcast da empresa, o “Fala, Parceiro!”, conversou com Gabriel Martins, líder do programa Negros da Uber, voltado apenas para colaboradores negros e apoiadores, e Sandra Vale, representante da ONG Promundo, que trabalha para promover a equidade de gênero e o combate à violência. O programa trouxe conteúdos como os questionamentos de parceiros do aplicativo sobre discriminação racial, e quais seriam a forma indicada para reagir caso aconteça na plataforma.

Nessas situações, Martins orienta a denúncia como o primeiro passo, “É só abrir o menu do aplicativo na opção de motorista e selecionar ‘ajuda’, depois ‘segurança e proteção’ e escolher a opção ‘reportar racismo’, e também fazer um Boletim de Ocorrência [informando] que isso aconteceu para sua própria segurança”.

Entre outras questões, o episódio também debateu o racismo estrutural, o papel das pessoas brancas na luta antirracista e a dificuldade de assumir ser parte do problema. “Acho que tem um desafio posto para as pessoas brancas, que é enxergar esse privilégio, porque existe um privilégio, e a gente não pode dizer ‘Ah, mas eu não queria, como pessoa branca, esse privilégio’, ele está posto”, enfatiza Vale.

A campanha é parte de uma série de medidas de combate ao racismo com as quais a Uber se comprometeu no ano passado, como o aumento do número de funcionários negros em posições de liderança, Relatório de Diversidade anual, treinamento especializado sobre preconceito e discriminação aos agentes de suporte. Além de um investimento de R$ 55 milhões para apoiar empresas pertencentes a pessoas negras, e gratuidade na entrega para restaurantes pertencentes a pessoas negras.

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