Por Késsia Carolaine
Na última quinta-feira, dia 30, o Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aprovou, de forma quase unânime com 31 votos a favor e uma abstenção, a implementação de cotas para pessoas transgêneras tanto nos cursos de graduação quanto na pós-graduação.
De acordo com essa nova política de ações afirmativas, 2% das vagas serão reservadas para essa população. As cotas já estarão em vigor a partir do Sistema de Seleção Unificada (SISU) deste ano, com ingresso dos primeiros estudantes contemplados em 2026.
Desde 2024, a reitoria, em conjunto com a Superintendência-Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade (Sgaada), vinha articulando a adoção de cotas trans na UFRJ. O processo contou com discussões entre representantes de diversos setores da universidade, além de consultas internas.
Com a decisão, a UFRJ se junta a outras 29 instituições federais que oferecem cotas para pessoas transgêneras em cursos da graduação. O Rio de Janeiro tem o maior número de federais que implementaram essa política.
No Brasil, a população trans enfrenta diversos obstáculos que impedem uma vida plena, mesmo com políticas públicas. Em uma nota publicada pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), dados mostraram que apenas 4% das pessoas trans e travestis estão dentro de uma universidade.
Durante a reunião do Conselho Universitário, o reitor Roberto Medronho ressaltou a importância da medida. “As cotas são um mecanismo de justiça social e de reparação, além de representarem uma resposta ao contexto histórico de exclusão”, afirmou.
								
											
								
                    
                    

