Vídeo mostra cozinheira sendo agredida e sofrendo racismo de moradora de prédio de luxo em São Paulo

Cinco meses depois do ocorrido, foram liberadas às Imagens da câmera de segurança  de um prédio localizado Avenida Oscar Freire, no bairro Jardins, área nobre de São Paulo.

A direção do  edifício onde a violência aconteceu  só liberou as imagens 5 meses após o crime 

Por Patricia Rosa

Cinco meses depois do ocorrido, foram liberadas às Imagens da câmera de segurança  de um prédio localizado Avenida Oscar Freire, no bairro Jardins, área nobre de São Paulo. Nele, a cozinheira Eliane Aparecida de Paula, de 42 anos, é vítima de injúria racial e agressões, por parte de uma moradora do edifício.

Na última quinta-feira(31), a Polícia Civil iniciou oficialmente  as investigações do caso,  após a determinação judicial para a liberação da gravação. O caso ocorreu no dia 22 de outubro de 2021, e somente  após a determinação judicial a gravação que mostra  a agressão foi liberada. Eliene aguardava o transporte público  sentada na recepção do residencial, após um dia de trabalho em um dos apartamentos. A agressora, Patrícia Brito Debatin, chega no edifício e aborda a cozinheira, em seguida as duas discutem e Eliane recebe um empurrão da moradora do prédio.

 “Ela falou para mim assim: ‘Que negra esquisita, que mulher esquisita. O que é que essa negra está fazendo aí?’ Ela já me aborda nesse tom”. Declarou Eliene ao Jornal Nacional da Rede Globo.

A vítima afirma em entrevista  que disse à moradora, que ela teve uma atitude racista. Após o empurrão, Eliane decide chamar a polícia e tentar impedir a fuga da agressora. O vídeo mostra o momento em que a cozinheira leva oito joelhadas e  a agressora bate a cabeça da vítima contra a parede. Na sequência, o porteiro do prédio  consegue segurar a moradora e impede demais ataques.

Em outubro do ano passado, a vítima prestou queixa no  78º Distrito  Policial de São Paulo pelos crimes de lesão corporal e injúria racial. Na ocasião, ela solicitou as imagens da câmera de segurança do edifício, mas as gravações só foram liberadas com decisão judicial. A gestão do prédio  declarou que o vídeo não foi liberado, para não infringir a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

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