Por Andressa Franco
Imagem: Reprodução
Circula nas redes sociais, desde desta segunda-feira (31), um vídeo que mostra agentes da Polícia Militar de São Paulo cometendo transfobia ao deslegitimar a identidade de gênero de mulheres trans e travestis na cidade de Osasco. “Quer que chame de mulher, vai trocar o nome na certidão. Por enquanto é homem, vai, rapa fora daqui”, é o que diz uma agente nas imagens gravadas.
O vídeo foi publicado por Luna Nunes e compartilhado pela vereadora de São Paulo Erika Hilton (PSOL), a mais votada pelo país em 2020, e mulher trans.
“É esse o tratamento que a população trans merece da sua força de ‘segurança’?”, escreveu a vereadora, que também oficiou a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo e a Corregedoria da Polícia para investigar o caso. “Não aceitaremos violência institucional contra as nossas. Temos memória e queremos justiça”, concluiu.
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) também compartilhou o vídeo em suas redes sociais, cobrando órgãos como o Ministério Público e a Defensoria Pública do estado. “Exigimos a imediata identificação e abertura de um procedimento administrativo para que a agente e a equipe omissa que estava presente seja responsabilizada e a vítima devidamente protegida”.
Janeiro é considerado o mês da visibilidade trans. Desde 2004, o dia 29 de janeiro marca o Dia Nacional da Visibilidade Trans, tendo origem a partir de um ato nacional para lançamento da campanha “Travesti e Respeito”. A data foi escolhida por ter sido um marco na história do movimento contra a transfobia e na luta por direitos