“Você é filhote de urubu ou de macaco?”, pergunta médica para criança de 3 anos em Feira de Santana (BA)

Nesta terça-feira (07) uma criança de 3 anos que estava em consulta médica foi questionada pela profissional de saúde se seria um “filhote de urubu ou de macaco”.

A mãe da criança denunciou o caso na Polícia e na ouvidoria da clínica onde a vítima passava pelo atendimento

Por Daiane Oliveira

Imagem: Divulgação

Nesta terça-feira (07) uma criança de 3 anos que estava em consulta médica foi questionada pela profissional de saúde se seria um “filhote de urubu ou de macaco”. O caso aconteceu na cidade de Feira de Santana, na Bahia, onde a médica atuava no Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Feira de Santana (IHEF) – Clínica de imagem, empresa do grupo Meddi. A mãe, que acompanhava o exame, chamou a Polícia Militar que foi ao local, mas a acusada já havia saído.

A clínica IHEF através de nota publicada nas redes sociais informa que a ouvidoria recebeu uma denúncia de injúria racial e que a clínica “não compactua de forma alguma com qualquer manifestação ou conduta racista.” A nota ainda afirma que já instaurou sindicância interna para apuração dos fatos e evolução das medidas administrativas cabíveis, além de estar à disposição das autoridades. No entanto, a nota não cita qualquer tipo de suporte à família e à vítima, nem sobre um possível afastamento da profissional denunciada.

Em nota enviada à Revista Afirmativa, a Polícia Civil informa que a 2ª Delegacia Territorial de Feira de Santana “apura a denúncia de injúria racial contra uma médica daquele município, registrada na terça-feira (7)” e que de acordo com a comunicação do caso “a profissional de saúde perguntou se a vítima, uma criança de 3 anos, era filhote de urubu ou de macaco.” Já foram agendadas as primeiras oitivas a respeito do caso que segue em investigação.

De acordo com o blog Velame, a médica acusada pelo crime é Margarete Vital, que também atua no Hospital Dom Pedro de Alcântara e no Hospital Geral Clériston Andrade. Em janeiro deste ano, injúria racial teve a pena equiparada ao crime de racismo, tornando-se inafiançável e imprescritível. Além disso, houve ampliação da pena de injúria racial de 1 a 3 anos de reclusão para 2 a 5 cinco anos com aumento de pena para os casos em que houverem mais de duas pessoas cometendo o crime.

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