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Espetáculo ‘Formas de Hackear Minha Morte’ chega ao Centro Cultural da Diversidade em São Paulo (SP)

Autobiográfico, o espetáculo de Marcelo Ferreira mistura dança e performance para abordar memória, espiritualidade e resistência de corpos marginalizados. As apresentações acontecem nos dias 3 e 4 de outubro e são gratuitas
Imagem: Marcela Guimarães

Da Redação

Nos dias 3 e 4 de outubro, o Centro Cultural da Diversidade (CCD), em São Paulo (SP), recebe a estreia do espetáculo “Formas de Hackear Minha Morte”, de Marcelo Ferreira. As apresentações têm entrada gratuita e acontecem às 20h da sexta-feira (3) e às 19h do sábado (4).

A obra nasce das memórias e experiências de Marcelo como bixa preta e se constrói como uma travessia marcada por corpo, espiritualidade e recordações. A cena é guiada por gestos e estados corporais, como rebolar, cair, renascer, que, em vez de seguir uma narrativa linear, evocam sensações e imagens fabulatórias.

Entre dança e performance, o espetáculo assume caráter ritualístico e se coloca como testemunho das resistências de corpos historicamente violentados. Marcelo define sua criação como uma experiência intensa, que não pretende apaziguar, mas provocar desconforto e abrir espaço para reflexão.

“Trata-se de uma obra vibrante, em que a angústia é explorada no palco. É um espetáculo tenso, que não busca tranquilizar, mas abrir espaço para a sensibilidade e a reflexão”, revela o autor.

Com forte diálogo com o presente, a obra se posiciona diante de realidades atravessadas pelo racismo, pela LGBTfobia e pelas desigualdades de gênero, reforçando a necessidade de dar visibilidade a narrativas não hegemônicas.

O processo de criação envolveu a colaboração de artistas de diferentes gerações e linguagens, com destaque para a dramaturgista Paula Salles, a coreógrafa Claudiana Honório e o visagista Gil Oliveira. Grande parte da equipe é formada por pessoas negras e LGBTQIA+, reafirmando o caráter coletivo e político da produção.

“Ao trazer experiências pessoais para a cena, o trabalho tensiona a linha entre o íntimo e o coletivo, revelando como vivências individuais se conectam a questões estruturais”, destaca Marcelo.

Além das apresentações, o projeto também promove a oficina “Funk e Corpo Político”, na próxima quarta-feira (1), às 19h, no CCD. A iniciativa foi contemplada pelo ProAC SP 15/2024 – Fortalecimento da Cultura LGBTQIA+.

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