Ailton Krenak é o primeiro indígena eleito para ocupar cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL)

 O novo membro da academia da cadeira recebeu 23 votos. Faz parte do seu legado a criação do Núcleo de Cultura Indigena. Ele também é autor de livros como, “A Vida Não É Útil”, “Ideias para Adiar o Fim do Mundo”  e  “O Amanhã não está à venda”

 O novo membro da academia da cadeira recebeu 23 votos. Faz parte do seu legado a criação do Núcleo de Cultura Indígena. Ele também é autor de livros como, “A Vida Não É Útil”, “Ideias para Adiar o Fim do Mundo”  e  “O Amanhã não está à venda”

Por Patrícia Rosa

Imagem: Carlos Vieira/CB/D.A.Press

O ativista, ambientalista,  filósofo, escritor e poeta Ailton Krenak,  foi eleito  para ocupar a Academia Brasileira de Letras (ABL), se tornando o primeiro indígena membro da Academia. Krenak entra para ocupar a vaga deixada por José Murilo de Carvalho, que faleceu  aos 84 anos, em agosto deste ano. A indicação aconteceu no último dia 05 de outubro. Krenak ocupará a cadeira de número cinco. 

Faz parte do legado do escritor, que é natural de Itabirinha (MG), a criação do Núcleo de Cultura Indígena e a autoria de livros como: “A Vida Não É Útil”, “Ideias para Adiar o Fim do Mundo”  e  “O Amanhã não está à venda”. O novo membro da Academia recebeu 23 votos. Ele disputou com a historiadora Mary Del Priore e com o escritor e educador indígena, Daniel Munduruku.

Em entrevista para o jornal Estado de Minas, o escritor falou da importância dos povos indígenas de contar suas próprias histórias. “Sinto que faz toda a diferença, não para o Ailton, mas para os povos indígenas, para a diversidade da cultura, para a pluralidade das narrativas que se assentam na Academia. Agora entram algumas dezenas ou centenas de línguas junto comigo.”

Em uma postagem nas redes sociais, a ABL  declarou que a eleição de Ailton Krenak é um marco histórico e significativo na valorização das vozes indígenas na sociedade brasileira, bem como na promoção da rica diversidade cultural e linguística que molda o país.

“Sua voz é fundamental para o cenário atual, pois é elo entre a rica herança cultural e histórica dos povos originários e a literatura nacional. Esta eleição é um marco na ABL, que reafirma o seu compromisso em promover a diversidade e a inclusão na instituição e na literatura brasileira”, diz a instituição.

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