Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprova legitimidade para casamentos de religiões de matrizes africanas

Projeto ainda deverá passar por uma votação final antes de ser sancionada
Imagem: Thales Antonio/iStock

Por Késsia Carolaine*

Na última quinta-feira (6), a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) aprovou, em votação única, o Projeto de Lei 6.076/25, que confere legitimidade aos casamentos realizados por religiões de matriz africana, como Umbanda e Candomblé, no estado. De autoria do deputado Átila Nunes (PSD), o texto, que recebeu emendas, ainda passará por uma votação final antes de ser encaminhado para sanção.

A proposta determina que nenhum cartório poderá recusar o recebimento ou o processamento dessas declarações de forma discriminatória. Em caso de descumprimento, a Corregedoria-Geral de Justiça ou o Poder Judiciário poderá responsabilizar os envolvidos.

Se sancionada, a lei fará com que a validação civil do casamento siga as regras do Código Civil (Lei Federal 10.406/02) e da Lei de Registros Públicos (Lei Federal 6.015/73), já aplicadas a outras denominações religiosas. Além de garantir a autenticidade religiosa, a medida assegura legitimidade social e cultural a essas uniões.

Para que a união tenha efetividade civil, a celebração deverá ser conduzida por um líder religioso de matriz africana. O documento deve conter nome completo, RG, CPF e endereço dos noivos, além da data, local e horário do casamento, identificação do templo religioso, do líder que oficiou a cerimônia e a assinatura de pelo menos duas testemunhas da comunidade. O termo poderá ser enviado ao cartório e será analisado em conjunto com os demais documentos exigidos pela legislação federal.

Estão aptos a elaborar e formalizar o documento autoridades religiosas como sacerdotes, sacerdotisas, babalorixás, ialorixás, pais e mães de santo, entre outros líderes reconhecidos pela comunidade, respeitando os critérios internos de cada tradição, sem interferência do Estado.

O deputado Átila Nunes ressaltou a importância histórica da medida. “O reconhecimento tem especial relevância no atual contexto de combate à intolerância religiosa e ao racismo estrutural”, declarou o parlamentar.

*Com informações do Notícia Preta 

Compartilhar:

.

.
.
.
.

plugins premium WordPress