Da Redação
Os maracatus de baque solto e virado juntamente com a ciranda receberam o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Recife. As três leis foram sancionadas pela prefeitura e publicadas no Diário Oficial da cidade. Além disso, foi aprovada a lei 19.188, que torna o 12 de novembro no Dia Municipal do Maracatu de Baque Solto.
As leis foram publicadas no último dia 21 de março, mas não é a primeira vez que essas expressões culturais são reconhecidas pela importância que têm. Desde 2005, o maracatu é considerado Patrimônio Vivo de Pernambuco e em 2014 ganhou o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, que também foi dado à ciranda em 2021.
Cultura viva
Existem dois tipos de maracatu, o de baque solto e o de baque virado. O maracatu de baque virado, também conhecido como maracatu nação, faz uma referência à coroação de reis do Congo e tem uma percussão formada por alfaias, gonguês, caixas e taróis.
O maracatu de baque solto, ou maracatu rural, tem a sua origem fincada no chão dos terreiros e engenhos de açúcar da Zona da Mata de Pernambuco. Com suas vestimentas cobertas de lantejoulas, em meio às cores vibrantes que representam orixás, os caboclos de lança são figuras imponentes no carnaval pernambucano.
A ciranda, por sua vez, é de origem portuguesa e chegou ao Recife por volta de 1960. Os cirandeiros, no compasso da música envolvente de instrumentos e percussão, é que dão vida à roda ciranda que se forma de mãos dadas em passos ritmados.