#CovidNaFavela: as redes de proteção colaborativa nas periferias de Salvador

A pandemia do novo coronavírus provocou uma série de debates acerca da relação entre sociedade e Estado. Fez repensar também qual o papel (ou deveria ser) do governo em meio à emergência sanitária, e quais os impactos desse momento crítico na economia, empregabilidade, dentre outros aspectos.

Por Gabriel Rodrigues, Luana Gama e Paloma Gonçalves*

A pandemia do novo coronavírus provocou uma série de debates acerca da relação entre sociedade e Estado. Fez repensar também qual o papel (ou deveria ser) do governo em meio à emergência sanitária, e quais os impactos desse momento crítico na economia, empregabilidade, dentre outros aspectos.

Em Salvador e em todo o país, a população negra é a mais afetada pela pandemia e pelas incertezas geradas por essa crise mundial. Pedir para as pessoas ficarem em casa, lavar sempre as mãos, usar álcool gel e máscara, é algo longe da realidade de grande parte da população periférica brasileira. Essa parcela não tem acesso a saneamento básico, dinheiro para comprar itens de prevenção e não pode parar de trabalhar, pois precisa garantir o sustento da família.

Até o fechamento desta matéria, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), do número total de casos do novo coronavírus em Salvador, 65% foi registrado em pretos e pardos e 19% em brancos e amarelos. A porcentagem de casos em que a raça não foi declarada é de 16%.

As ações do poder público para conter a crise tem se demonstrado ineficientes. O auxílio emergencial, alternativa do governo federal para ajudar os trabalhadores informais e desempregados, não contemplou grande parte dos brasileiros que tiveram o benefício negado, apesar de muitos deles cumprirem com os requisitos exigidos.

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no trimestre encerrado em maio, as medidas de contenção da Covid-19 fecharam cerca de 7,8 milhões de postos de trabalho.

Diante da insuficiência de políticas públicas e do agravamento das desigualdades,  a própria população passou a realizar uma série de ações, com o propósito de ajudar os grupos mais vulneráveis. Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva em parceria com o Data Favela, que entrevistou 3.321 moradores de 239 favelas brasileiras em junho, 85% dos moradores recebeu algum tipo de doação durante a pandemia. Estratégias que partiram muitas vezes das próprias populações afetadas, que se organizaram politicamente para enfrentar e minimizar os impactos da pandemia.

 

A Periferia de Salvador é a mais afetada e o poder público sabia disso

O estudo GeoCombate Covid-19, feito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), divulgou uma nota técnica em junho com as 11 localidades de Salvador mais vulneráveis e expostas à pandemia. Todos são bairros periféricos da capital baiana: Cassange, São Cristóvão, Coutos, Fazenda Coutos, Nova Brasília, Valéria, Paripe, São Tomé de Paripe, Periperi, Nova Constituinte e São Marcos. Nesses lugares, a população possui condições menos favoráveis para o enfrentamento a Covid-19. Entretanto, os locais com maiores condições de lidar com o vírus se encontram predominantemente na orla da cidade, como o Rio Vermelho e Barra.

Para realizar o estudo, os pesquisadores consideraram três fatores: o meio ambiente construído, que diz respeito ao local de moradia e o ambiente ao redor, como saneamento básico, fornecimento de água e superlotação dos domicílios. O segundo é o socioeconômico, que aborda a renda e o nível de desemprego e informalidade em cada região e, por fim, a dimensão da saúde, que busca identificar em quais locais existem mais pessoas com doenças pré-existentes, como diabetes e hipertensão, que causam maior letalidade frente ao novo coronavírus.

“A vulnerabilidade nos fala como essas pessoas estão fortemente expostas a uma ameaça, nesse caso, a disseminação da doença. O coronavírus teve um processo de propagação e distribuição no território que avançou da orla atlântica, dos bairros de maior renda, em direção aos bairros mais populares, menor renda”, explica o coordenador da pesquisa e professor da Escola Politécnica da UFBA, Juan Pedro Delgado.

Segundo professor, essas localidades já eram conhecidas pela vulnerabilidade e, por isso, o poder público deveria ter feito ações de prevenção para diminuir o efeitos da pandemia. “Era previsível que os bairros populares, com menos renda, sentiriam o impacto da disseminação da doença, e era necessário nos prepararmos”, destaca o professor.

Se não houver uma forte presença do poder público nessas 11 localidades, elas sempre ficarão a mercê da vulnerabilidade. Segundo Delgado, “este mapa nos ajuda a compreender que esse cenário não vai mudar de um dia para o outro. Se vierem outras doenças, pandemia, eventos extremos climáticos, essas regiões sempre serão as mais vulneráveis”.

Diante disto, um grupo de moradores de bairros populares da capital baiana criou o Comitê Comunitário Virtual de Monitoramento das Ações de Enfrentamento da Covid-19, para observar os avanços do novo coronavírus na população mais vulnerável. O comitê tem como objetivo mobilizar o protagonismo de lideranças, organizações e movimentos sociais dos bairros, além de identificar, levantar e mapear as demandas e necessidades.

“Temos realizado manifestações, atuando junto com outros parceiros e apoiado a criação de algumas frentes como a que resultou na elaboração do manifesto chamado de ‘direito à água’, com a finalidade de enfrentar a falta do abastecimento de água nos bairros populares”, explica o integrante do comitê, Kilson Melo.

 

Ação do Comitê Comunitário Virtual de Monitoramento das Ações de Enfrentamento da COVID-19 – Imagem: Reprodução Instagram

 

O ativista acredita ser importante a rede de solidariedade entre a sociedade civil, porque enquanto não há vacinas e nem remédios para a Covid-19, o isolamento e o distanciamento são as principais medidas de prevenção e controle da doença.

“A maioria da população negra de Salvador vive em condições de vida precárias, renda insuficiente, baixa escolaridade, alta taxa de desemprego, falta de saneamento. Apesar da Covid-19 ter iniciado nos bairros ricos, foi nos bairros populares que a doença encontrou a maioria de suas vítimas e onde está matando mais pessoas” afirma

Dentre os resultados esperados o ativista destacou a redução das mortes e do adoecimento das pessoas nos bairros populares através da continuidade e aprofundamento das medidas de isolamento e distanciamento social. Destaca também, que com as medidas tomadas até aqui foi possível assegurar o acesso da população mais pobres aos recursos de saúde como transporte, atendimento de saúde com qualidade, internamento hospitalar, acesso aos medicamentos, as UTIs e aos respiradores.

Ao centro Kilson Melo integrante do comitê e presidente da FABS Federação das Associações de Bairros de Salvador – Imagem: Reprodução

 

Favela contra o vírus

A Central Única das Favelas (Cufa), Organização Não Governamental (ONG) fundada há 20 anos, está presente em mais de 500 comunidades brasileiras e atua desde 2010 na Bahia. Em parceria com diversas organizações sociais, o projeto tem feito ações para ajudar pessoas em vulnerabilidade social, acentuadas com a crise do novo coronavírus.

“Nós priorizamos as pessoas que de fato estão necessitando, que inclusive já passavam por situações complexas desde antes da pandemia. Recicladores, ambulantes, vendedores, o pessoal que carrega as compras na frente do mercado. Essas pessoas às vezes só têm esse recurso para levar pras suas casas”, conta Danubia Santos, executiva social da Cufa Bahia e coordenadora da base do projeto no bairro de Sussuarana, em Salvador (BA), onde mora.

Ação de entrega de cestas básicas da Cufa em parceria com a Uber em Sussuarana

O Cufa Contra o Vírus, projeto criado pela organização para o período da pandemia, tem distribuído botijão de gás, máscaras de proteção, itens de higiene pessoal, produtos de limpeza, cestas básicas e brinquedos. Até o momento, 44 localidades de Salvador receberam alguma dessas ações, além de 13 cidades do interior da Bahia. Há previsão para ampliar a atuação para mais bairros da capital e outros municípios baianos.

Danubia conta que na comunidade onde mora, percebe que muitas pessoas estão saindo do isolamento para ir atrás de uma fonte de renda. “Alguns não saem porque querem, mas muitas pessoas, principalmente idosos, saem porque não têm uma outra forma de conseguir recurso”, declara.

Danubia Santos, executiva social da Cufa Bahia – Foto: Lane Silva

 

Apesar das diversas ações, o número ainda é pouco para a quantidade de pessoas que estão em vulnerabilidade. “A gente não consegue, infelizmente, atingir uma grande parte. Aqui em Sussuarana tem 164 mil habitantes e o que a gente recebe de doação não chega nem a 5% da população que temos aqui na favela”, disse.

A executiva social da Cufa diz que busca conscientizar os moradores do bairro para manterem o isolamento social sempre que possível.“Somos nós, moradores de favela, em sua maioria negros, que vão morrer nas filas dos hospitais, sem a oportunidade de ir para uma UTI. Somos nós que estamos morrendo diariamente, não só com a Covid-19. O vírus veio para potencializar essas realidades”, alerta.

A crise acertou em cheio um público que sempre foi vulnerável: mulheres chefes de família, que criam os filhos sozinhas. Para apoiar mães solo moradoras de favelas de 17 estados e do Distrito Federal, a Cufa criou também o programa Mães da Favela, com a destinação de um auxílio no valor de R$ 120 por meio do aplicativo PicPay, durante dois meses, além de cestas básicas. As mães que não possuem celular, recebem a quantia em um vale-alimentação, que pode ser usado nos mercados das próprias comunidades.

Criar uma ação específica para essas mulheres, não foi por acaso. Uma pesquisa feita pelo Data Favela e o Instituto Locomotiva, das 1.797 mães que receberam a doação, a maioria disse que não teria condições de comprar alimentos, caso não recebesse a ajuda financeira.

Em Salvador, uma das beneficiadas é Carol Xavier, mãe solo de uma menina de 10 meses e que mora junto com os pais também no bairro de Sussuarana. Como ela trabalha dando aulas de dança afro, perdeu a renda logo no início do isolamento social. “Se eu não tivesse recebido o auxílio financeiro, eu teria algumas dívidas atrasadas”, conta a jovem de 22 anos. Carol recebeu também cestas básicas, produtos de higiene pessoal, itens de limpeza e brinquedos para filha.

“Eu trabalho com a cultura, fui uma das primeiras prejudicadas quando aconteceu o isolamento. O retorno financeiro que eu tinha, era do meu trabalho cultural, não tenho carteira assinada. A Cufa tem sido um grande apoio”, ressalta Carol.

Só na Bahia, foram distribuídos, até o momento. 2.600 auxílios e 33.700 cestas básicas. Em todo o país, o total de famílias atendidas passa das 900 mil, em 5 mil favelas brasileiras.

Auxílio à população LGBTQIA+

O isolamento social decorrente da pandemia, trouxe grande vulnerabilidade também para a comunidade LGBTQIA+. Além da lgbtfobia e violências enfrentadas diariamente por eles(as), o momento trouxe altos índices de desemprego e depressão para essa comunidade, especialmente entre aqueles que não possuem um bom convívio com a família, o que se agrava durante o isolamento.

A dificuldade de inserção da comunidade LGBT no mercado de trabalho agravou-se ainda mais com a pandemia. No Brasil, cerca de 90% das pessoas transexuais e travestis têm à prostituição como sua única fonte de renda. Levando em consideração essas questões, algumas organizações, grupos e coletivos tiveram a iniciativa de auxiliar a população LGBTQIA+ de alguma forma.

Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), cerca de 1,9% da população brasileira é composta por pessoas trans. Ainda de acordo com a associação, o Brasil ocupa o 1° lugar no ranking de mortes de pessoas travestis e transexuais, e a expectativa de vida de uma pessoa trans no país é de 35 anos. Com a pandemia questões sociais que já atingiam as pessoas trans antes da crise sanitária foram aprofundadas.

“O que acontece é que a gente sempre precisou se aquilombar. Desde muito tempo pessoas trans ou pessoas pretas precisam se juntar para vencer algumas estruturas, a gente entende que a cisheterossexualidade , a cisgeneridade e  o racimo eles são fontes de uma estrutura, então enquanto pessoas pretas e pessoas LGBT no geral a gente precisa se juntar”, afirma o cofundador da Casa Aurora, João Hugo.

João Hugo cofundador da Casa Aurora – Imagem: Reprodução Instagram

Fundada em maio de 2019, a Casa Aurora é um centro de cultura e acolhimento voltada para a comunidade LGBTQIA+ de Salvador e região. Além de acolher jovens em situações de risco ou abandono, a casa oferece atividades socioeducativas, serviços jurídicos, acompanhamento terapêutico e assistências psicológica e psiquiátrica. Conta também com cursos profissionalizantes para capacitar os jovens para o mercado de trabalho

Às pessoas assistidas pela casa são jovens LGBT entre 18 e 29 anos, vítimas da lgbtfobia, que estão no processo de expulsão de casa ou pessoas que estavam em algum emprego formal e após ficarem desempregadas passaram a ficar em vulnerabilidade socioeconômica.

“Percebemos que a pandemia do Coronavírus tirou o véu da violência contra a população LGBT. As pessoas LGBT em sua maioria trabalham no mercado informal e grande parte das travestis trabalham na prostituição, a pandemia veio para desestruturar financeiramente pessoas que talvez nunca tiveram estrutura financeira para se manter em um momento como esse”, ressalta.

O abrigamento na instituição acontece em um modelo rotativo e, para continuar acolhendo os jovens em situação de vulnerabilidade, a coordenação da casa adaptou um quarto para manter em quarentena novas pessoas acolhidas. As(os) novas(os) abrigadas(os) ficam entre 7 a 15 dias em isolamento, para evitar que, se a pessoa estiver infectada o novo coronavírus, contamine outras pessoas.

João Hugo relata que devido a pandemia, as atividades culturais, cursos profissionalizantes e tudo que não pode ser remoto, foi suspenso. No entanto, o centro continua prestando atendimento psicológico virtual para as pessoas que estão abrigadas na casa, além de oferecer o serviço para o público externo. O objetivo é que mais pessoas da comunidade LGBTQIA+ possam fazer o atendimento psicológico.

O funcionamento do centro de abrigamento é garantido através da ajuda coletiva de pessoas que acreditam projeto desenvolvido pela casa. Um financiamento coletivo recorrente é uma das fontes de renda. Os apoiadores ajudam doando um valor mensalmente  que é destinado para contas fixas, manutenção da casa e alimentação. Além do financiamento a casa também conta com a ajuda diversas instituições parceiras que sempre fazem ações para ajudar.

Nesse período de pandemia, além de arrecadar alimentos para o abrigamento, foram distribuídas cerca de 250 cestas básicas e kits de higiene pessoal e limpeza para a população LGBTQIA+ que entraram em contato com a instituição buscando por suporte.

Cestas básicas arrecadadas pela casa Aurora – Imagem: Reprodução do Instagram

 

Ações de “Proteção Colaborativa” e o futuro pós-pandemia

Com o crescente índice de desemprego e a baixa produção em alguns setores, iniciativas como a da marca Dendezeiro, que atua no mercado da moda, desempenham um papel importante na luta contra os impactos do novo coronavírus.  Desde o início da pandemia a marca promoveu o projeto de “Proteção Colaborativa” para pessoas afetadas pela crise. A campanha, realizada em parceira com a Benfeitoria, uma das maiores plataformas de mobilização de recursos para projetos de impacto sociocultural, ambiental e econômico, foi resultado do edital “Enfrente”.

Cofundadores da DENDEZEIRO, Pedro Batalha e Hisan Silva, (da esquerda para direita) afirmam seu posicionamento diante dos impactos da pandemia

Para Pedro Batalha, co-fundador da Dendezeiro junto com Hisan Silva, diante de um cenário de instabilidade, eles viram a necessidade de construir uma rede colaborativa onde pudessem envolver as pessoas. Com o apoio da Benfeitoria, os empreendedores negros viram uma oportunidade de potencializar a distribuição de máscaras de forma gratuita.

“Conseguimos distribuir mais de  2 mil máscaras, e a ideia inicial partiu disso, da gente ver uma forma de fazer a nossa parte nesse momento. Nessa rede, onde a gente junto com o público faz a doação, a Benfeitoria ajuda com o processo de triplicação do dinheiro que foi doado; a gente compra, paga essas costureiras  e elas fazem as máscaras e a gente distribui” esclarece empresário. Além disso, Pedro afirma que o apoio das pessoas que fizeram a doação, ou contribuíram de outras formas, foi muito importante para que o projeto alcançasse seu objetivo. Na capital, as entregas foram realizadas nos bairros de Brotas, Cajazeiras, Boca da Mata e Areia Branca.

O projeto, que ultrapassou a meta inicial de arrecadação estipulado para 30 mil reais, teve todo seu processo de divulgação através do perfil da Dendezeiro no Instagram. Entre os 33 benfeitores que apoiaram a proposta, está a própria marca, que direcionou o apoio financeiro obtido em processo seletivo da Vale do Dendê. Pedro Batalha explica que a decisão de aplicar valor na plataforma da Benfeitoria partiu da avaliação dos empresários em direcionar seus recursos a um projeto que conseguisse ser aplicável neste momento e que, também, pudesse ajudar as pessoas de forma efetiva durante a pandemia.

O projeto Proteção Colaborativa incide nas populações mais vulneráveis, presentes majoritariamente nas favelas – Imagem: Reprodução

O empresário avalia ainda que o contexto tem sido importante para que as marcas  repensem sua atuação no mercado e comecem a trabalhar as questões sociais dentro das suas empresas. “Nosso pensamento é que cada vez mais que vamos nos fortalecendo, nos posicionando, sendo reconhecidos, sendo daqui do nordeste, feito por pessoas pretas, LGBT’s, e candomblecistas, mais vamos abrindo espaços para poder transformar ações que são necessariamente midiáticas, em ações que vão para o plano real”, afirma Pedro. No percurso, o projeto “Proteção Colaborativa” pôde contar com outras parcerias, como: a Nossa Soma Multiplica (@nossasomamultiplica); o coletivo AfroSaúde; a Iyá Omi Cosmética Natural (@iyaomicosmeticanatural); o serviço de entregas TrazFavela Delivery (@trazfavela); e a Brigada Solidária Salvador (@brigadassa).

O projeto “Proteção Colaborativa” contou com outras marcas baianas, possibilitando que as ações chegassem no sertão nordestino

Para o futuro pós-pandemia, Pedro diz esperar um cenário mais humanizado, não só na Dendezeiro, mas de todas as marcas. “Não romantizando jamais esse momento que estamos vivendo, mas [a pandemia e o isolamento social] tem sido também um momento de reflexão para muitas pessoas que estão em processo de isolamento, refletido sobre as coisas; sua empresa, sobre seu trabalho, sobre seu modo de viver. Em um processo maior de humanização do mundo da moda, de humanizar as pessoas, do que a gente ir para um caminho mercadológico que estávamos andando antes disso” conclui Batalha.

 

VEJA COMO COLABORAR COM AS CAMPANHAS 

Central Única das Favelas Bahia (Cufa – Bahia)

Doação de cestas básicas e brinquedos para famílias vulneráveis na Bahia

www.maesdafavela.com.br

www.cufabahia.com.br

Instagram: @cufabahia

 

Casa Aurora

Oferece atendimento à população LGBTQIA+ de Salvador

Como doar: https://evoe.cc/casaaurora

Instagram: @aurora_casalgbt

 

*Esta reportagem foi feita sob a orientação de Jonas Pinheiro, e é um dos produtos do Lab Afirmativa de Jornalismo. Clique na imagem para saber mais

 

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