Dia da Consciência Negra não terá suporte financeiro da Fundação Palmares, diz Sérgio Camargo

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, afirmou através do Twitter no último sábado (23) que a instituição não dará suporte financeiro para o Dia da Consciência Negra. “O Dia da Consciência Negra é uma data vergonhosa. Terá suporte financeiro ZERO da Fundacão Cultural Palmares. Tem sido assim desde a minha posse, em novembro de 2019. Forte abraço, negrada vitimista!”, escreveu.

Camargo fez o comunicado no Twitter, onde também defendeu a “Consciência Brasileira; o presidente está afastado da gestão de funcionários da fundação, e teve o pedido de suspenção do afastamento negado na última quarta-feira (20)

Por Andressa Franco

Imagem: O Globo

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, afirmou através do Twitter no último sábado (23) que a instituição não dará suporte financeiro para o Dia da Consciência Negra. “O Dia da Consciência Negra é uma data vergonhosa. Terá suporte financeiro ZERO da Fundacão Cultural Palmares. Tem sido assim desde a minha posse, em novembro de 2019. Forte abraço, negrada vitimista!”, escreveu.

Camargo já havia manifestado sua opinião sobre a data na rede social pouco antes, defendendo uma data para a Consciência Brasileira ao invés de uma para a Consciência Negra. Ele descreve como indefensável a existência de uma data para “‘celebrar’ a raiva, o ressentimento e o revanchismo de pretos vitimistas e militantes”.

Na última quinta-feira (21), o presidente da Palmares compartilhou também na sua conta do Twitter o convite que recebeu de um vereador de Niterói para participar de “sessão solene do Dia da Consciência Brasileira”, no 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.

Justiça nega pedido de suspenção de afastamento de Camargo da gestão de funcionários na Palmares

Atendendo ao pedido do Ministério Público do Trabalho, no último dia 11, a Justiça determinou que Sérgio Camargo fosse afastado das atividades relacionadas à gestão de pessoas da instituição. Ou seja, está proibido de nomear, contratar e afastar servidores públicos da entidade. O motivo são as denúncias de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra funcionários da instituição.

A decisão foi do juiz do trabalho Gustavo Carvalho Chehab, da 21ª Vara do Trabalho de Brasília, em ação do Ministério Público do Trabalho (MPT), que impôs multa diária de R$ 5 mil caso as decisões sejam descumpridas.

A Fundação Palmares solicitou a suspensão do afastamento, que foi rejeitado na última quarta-feira (20) pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região. O documento enviado à justiça alegava que a decisão de afastar Sérgio Camargo desta função fere a ordem administrativa e prejudica as políticas da instituição. De acordo com a sentença do TRT, o requerimento da instituição não possui provas concretas que leve a justiça suspender o afastamento.

Além do afastamento, o juiz ainda proibiu a manifestação em redes sociais dos perfis da Fundação Palmares, e também de Sérgio Camargo, em desfavor de trabalhadores, ex-trabalhadores, testemunhas da ação, de representantes e órgãos da Justiça e da imprensa. A proibição veta perseguição, intimidação, humilhação, constrangimento, insinuações, deboches, piadas, ironias, ataques, ofensa ou de ameaça dirigida a essas pessoas.

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