A empresa se manifestou e declarou que não compactua com atos racistas e que o ato foi um“equívoco”
Por Patrícia Rosa
A empresa Nohall Engenharia e Comunicação Visual, de Amambaí (MS), divulgou uma vaga de emprego, na última semana, para a área de auxiliar de serviços de comunicação visual, em que excluía candidatos indígenas.
“Vaga para homem, maior de idade, dispenso indígenas para essa vaga”. A mensagem foi compartilhada em grupos de mensagens da cidade. Com a grande repercussão do caso, a empresa se pronunciou no dia 12 de junho com um pedido de desculpas pela publicação.
“Esta empresa não compactua com racismo e pede sinceras desculpas a todo o povo indígena pelo equívoco cometido. Por diversas vezes a empresa já se utilizou das redes sociais para publicar vagas de emprego, porém em nenhuma outra vez utilizou descrições do tipo para seus anúncios”, diz a nota.
O prefeito da cidade, Edinaldo Bandeira (PSDB), repudiou o ato racista da empresa nas redes sociais e declarou que iria apurar a situação:
“A exclusão dos indígenas de uma vaga de emprego é um retrocesso inaceitável. Diante dessa situação, nós iremos apurar rigorosamente a veracidade desse post para que não seja cometida nenhuma injustiça. O respeito à diversidade é uma das bases da nossa administração, e tomaremos todas as medidas cabíveis para garantir que nenhum cidadão seja discriminado ou excluído injustamente”, declarou o gestor da cidade.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2021, a população indígena de Mato Grosso do Sul corresponde a 61.737 pessoas. Por lei, impedir ou negar vagas de emprego por motivos de raça, cor ou etnia, procedência nacional é considerado crime pelo Art. 4º da lei federal nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989.