Estão abertas as inscrições de atividades para a 10ª Edição do Julho das Pretas

Com o tema “Mulheres Negras no Poder, construindo o Bem Viver!”, a 10ª Edição do Julho das Pretas está com inscrições de atividades na Agenda Coletiva do Julho disponível até o dia 15 de junho. A edição de 2022 é histórica, pois marca os 10 anos de realização do Julho das

O evento conta com atividades presenciais e expectativa de ocupação das ruas pelos movimentos de Mulheres Negras

Texto e Imagem: Divulgação


Com o tema “Mulheres Negras no Poder, construindo o Bem Viver!”, a 10ª Edição do Julho das Pretas está com inscrições de atividades na Agenda Coletiva do Julho disponível até o dia 15 de junho. A edição de 2022 é histórica, pois marca os 10 anos de realização do Julho das Pretas e 30 anos desde que o movimento de mulheres negras da América Latina e Caribe declarou o 25 de Julho como o Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina americana e Caribenha.

Podem se inscrever organizações e coletivos de mulheres negras; organizações de movimentos negros e organizações sociais em geral que tenha o antirracismo e o combate ao sexismo como perspectiva central de sua atuação; instituições de ensino; grupos de pesquisa, associações de categorias trabalhistas; grupos de empreendedoras negras e empreendedoras negras individuais. A inscrição é realizada pelo formulário virtual, CLIQUE AQUI

A primeira reunião virtual convocada pela Rede de Mulheres Negras do Nordeste para articular as ações da 10ª edição do Julho das Pretas contou com 130 mulheres negras que compõem organizações dos nove estados do Nordeste. O tema Mulheres Negras no Poder, construindo o Bem Viver!, que foi sugerido e aprovado por unanimidade entre as participantes da reunião, irá nortear as agendas de atividades que serão realizadas neste ano.

Julho das Pretas debate desigualdade, violências e relação de poder

A ideia do evento é trazer ao centro das discussões do Julho, questões como: poder para as mulheres negras; enfrentamento às violências, genocídio e feminicídio; eleições e democracia; saúde das mulheres negras e aumento dos índices de fome, desemprego e pobreza entre as mulheres negras durante a pandemia.

“Queremos disputar o poder. Chega de migalhas! Precisamos radicalizar para tomar o poder!”, enfatizou Valdecir Nascimento, fundadora do Odara – Instituto da Mulher Negra e representante da Coordenação da Rede de Mulheres Negras do Nordeste.

Com a retomada das atividades presenciais depois de um longo período de isolamento por conta da pandemia, a chamada agora é para ocupar as ruas de forma estratégica e mostrar o potencial de transformação política das mulheres negras.

“O momento é de falar sobre as insurgências das mulheres negras, formar alianças e voltar às ruas depois de inúmeras atividades online”, convocou Suely Santos, da Rede de Mulheres Negras da Bahia. 

“Precisamos construir proposições e ações afirmativas para sair do lugar de reação, dizer o que queremos e conseguir superar os sistemas de desigualdade que nos são impostos. O Julho das Pretas será potente”, afirmou Myrella Santana, de Pernambuco.

Criado em 2013, pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, o Julho das Pretas é uma ação de incidência política e agenda conjunta e propositiva com organizações e movimentos de mulheres negras do Brasil, voltada para o fortalecimento da ação política coletiva e autônoma das mulheres negras nas diversas esferas da sociedade brasileira.

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