Funcionário é acusado de roubo e torturado por 8 horas em Simões Filho (BA)

Além de ser torturado e mantido em cárcere privado, a vítima ainda denuncia que teve um carro roubado e o seu ex-patrão também ficou com suas roupas e carteira

Além de ser torturado e mantido em cárcere privado, a vítima ainda denuncia que teve um carro roubado e o seu ex-patrão também ficou com suas roupas e carteira

Por Daiane Oliveira

Imagem: Reproduão TV/BA

Um homem, de 47 anos, denunciou o ex-patrão na delegacia e no Ministério Público do Trabalho (MPT-BA) por cárcere privado e tortura. Ele foi agredido fisicamente e psicologicamente por cerca de 8 horas, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. A vítima, que pediu para ter a identidade preservada, relatou que o dono do estabelecimento comercial, no qual trabalhou por 25 anos, identificado como Eduardo Gomes Pereira, usou uma acusação de roubo para justificar a violência.

O homem foi arrastado pelo seu local de trabalho, um estabelecimento de compra e venda de sucata, por três homens armados e levado a um escritório. Durante o tempo que ficou no local foi ameaçado e sofreu as agressões. O ex-patrão da vítima o acusou de embolsar R$ 300 mil da empresa.

Em entrevista à TV Bahia, a vítima contou os momentos de terror que viveu. “Colocou a arma na minha cara e me chamou para a sala dele, dizendo que eu tinha roubado. Começou a me bater e disse que se eu não falasse nada, iria me matar”, disse o ex-funcionário que ainda aponta ter sido agredido na frente de outros funcionários do local.

O homem só foi liberado após o irmão ter ido ao estabelecimento. “Eu fui até o Eduardo para saber o que tinha acontecido com o meu irmão e ele disse: ‘seu irmão me roubou e eu vou matá-lo, vou tocar fogo nele vivo’. Eu falei para ele ter calma, pedi para levar meu irmão, e ele me mostrou onde ele estava”, contou o irmão da vítima, que também não quis se identificar, em entrevista à TV Bahia.

Além da tortura e carcére privado, a vítima ainda informa que o ex-patrão ficou com seu veículo avaliado em R$ 20 mil, um relógio, suas roupas e carteira. O crime aconteceu no mês de janeiro deste ano, mas sete meses depois do crime os bens não foram devolvidos, o processo criminal está com o Ministério Público e o processo trabalhista segue na Justiça, através do MPT.

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