Vitor Augusto sofreu três paradas cardíacas e foi atendido por socorristas do SAMU ainda dentro da ambulância, na frente do hospital
Por Patrícia Rosa
Imagem: Reprodução Facebook
Um jovem de 25 anos, Vitor Augusto Marcos, morreu após aguardar pelo atendimento dentro de uma ambulância mais de três horas, por falta de macas para obesos no Hospital Geral de Taipas. A mãe do jovem, Andrea Marcus, relata que houve uma verdadeira peregrinação por unidades de saúde, mas Vitor teve o atendimento negado em hospitais da Rede Pública de Saúde de São Paulo.
Vitor Augusto Marcos esteve na manhã da última quinta-feira (06) em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde foi identificado a necessidade de atendimento especializado. O paciente foi encaminhado para o Hospital de Mandaqui e teve a primeira recusa por falta de vagas, em seguida Vitor foi levado para o Hospital de Vila Nova Cachoeirinha e em seguida para o Hospital de Taipas, em ambos não tinham macas adequadas para atendimento de pessoas obesas.
Desesperada pela situação do filho, Andrea Marcos da Silva gravou um vídeo em frente ao primeiro Hospital que buscou atendimento, pedindo socorro pelo filho:
“Meu filho precisa de uma vaga, precisa de ajuda! Ele está aqui nessa ambulância, ele precisa de um hospital com suporte. Meu filho vai morrer na ambulância? Eu quero só o direito do meu filho lutar pela vida. Pelo amor de deus. Eu só quero lutar pela vida do meu filho”, desabafou a mãe do jovem.
Com a recusa dos hospitais e a demora no atendimento, a situação de Vitor Augusto se agravou e ele sofreu três paradas cardíacas e foi atendido dentro da Ambulância do Samu, pelos socorristas, mas não resistiu. Indignada com falta de suporte ao filho e com o descaso dos hospitais, a mãe do jovem desabafou em entrevista ao portal G1.
“Meu filho foi negligenciado, não teve o direito de ter uma maca, meu filho ficou em um assoalho, isso eu nunca vou esquecer”.Andréia Marcos ainda pede ação das redes públicas de saúde, “que dê suporte a obesos, para que outras mães não venham passar o que eu passei”.