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Justiça revoga prisão do filho de vereadora que atropelou maratonista em Salvador (BA)

Defesa da vítima entrou com pedido para que maratonista possa atuar como assistente da acusação no processo
Imagem: Reprodução Redes Sociais

Por Matheus Souza

O juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, da Comarca de Salvador, revogou na última quinta-feira (11) a prisão preventiva de Cleydson Cardoso Costa Filho, filho da vereadora Débora Santana (PDT), acusado de tentativa de homicídio qualificado após atropelar o maratonista Emerson Pinheiro, em 16 de agosto.

A decisão vai contra o pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que havia solicitado a manutenção da prisão preventiva do acusado. Em sua avaliação, o magistrado afirmou que mesmo com os indícios de autoria e materialidade do crime, não há elementos suficientes para justificar a prisão preventiva. O juiz ainda ressaltou que Cleydson possui bons antecedentes e não tem registros de outros delitos.

Apesar da liberação, o réu terá de utilizar tornozeleira eletrônica e cumprir uma série de restrições, como a proibição de dirigir ou frequentar bares, restaurantes, boates, praias e locais com consumo de bebidas alcoólicas; proibição de manter contato, por qualquer meio, com a vítima e testemunhas; e proibição de sair da comarca.

Além disso, durante a liberdade provisória, Cleydson terá que prestar contas de suas atividades mensalmente em juízo e  permanecer em casa após as 19h, assim como aos finais de semana e feriados.

Reação do MP-BA

Frente a decisão do magistrado, o MP-BA ingressou com recurso na justiça contra a soltura do réu. No documento, recebido pelo juiz, o MP-BA argumenta que o denunciado apresenta pelo menos mais três infrações por excesso de velocidade, e pede para que a decisão que revogou a prisão preventiva do acusado seja revista e Cleydson volte a ser mantido sob custódia em regime fechado.

Segundo o recurso, “tal circunstância deixa em evidência a periculosidade social e o risco real de reiteração delitiva, caso seja colocado em liberdade. Além disso, a prisão é necessária para assegurar a aplicação da lei penal, pois ao denunciado é imputado o crime de tentativa de homicídio duplamente qualificado”.

Vítima atuará no processo

Um dia após a decisão de soltura do acusado, a justiça baiana autorizou que Emerson, atropelado por Cleydson, atue no processo criminal como assistente da acusação.

Depois da denúncia do MP-BA realizada na terça-feira (16), os advogados do maratonista se habilitaram no processo e solicitaram ao juiz que Emerson figure no processo não só como vítima, mas também como assistente do MP-BA.  Nesta quarta-feira (17), o magistrado Paulo Sérgio autorizou o pedido. Emerson será representado pelos advogados Losangela Fernandes e Rogério Matos.

O juiz determinou ainda a intimação da defesa de Cleydson para que se manifeste do recurso apresentado pelo Ministério Público contra a determinação que revogou a prisão preventiva do acusado.

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