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Rosane Borges lança livro sobre protagonismo de mulheres negras em São Paulo

Evento reúne Sueli Carneiro e Izzy Gordon em debate sobre apagamentos raciais, ancestralidade e caminhos para um futuro narrado por mulheres negras.
Imagem: Ana Carolina

Texto: Divulgação 

O Itaú Cultural, em São Paulo, recebeu nesta quarta-feira (3), o lançamento de “Imaginários emergentes e mulheres negras: representação, visibilidade e formas de gestar o impossível” (Editora Instante), novo livro da jornalista e pesquisadora Rosane Borges. O encontro propôs um debate sobre o papel da mulher negra na contemporaneidade, seus apagamentos históricos e a potência criativa que transforma experiências de violência em horizonte de futuro. A conversa contou com a participação da filósofa Sueli Carneiro e da cantora Izzy Gordon, com mediação da jornalista Adriana Ferreira. 

Na publicação, Rosane investiga como o racismo estruturou mecanismos que apagaram memórias, trajetórias e contribuições de mulheres negras ao longo dos séculos. Para enfrentar esses processos, a autora retoma saberes ancestrais, formas de mobilização comunitária e estratégias de reinvenção que marcam a presença dessas mulheres na sociedade brasileira. Segundo ela, a obra reconhece gestos que “souberam metamorfosear dor em beleza”, transformando marcas da escravidão em caminhos de cura coletiva e responsabilidade compartilhada na construção do “tempo espiralar”, um futuro tecido por protagonismos negros.

Sueli Carneiro, referência do feminismo negro brasileiro, e Izzy Gordon, artista cuja trajetória celebra a linhagem musical negra, somaram perspectivas sobre como essas histórias ressoam no presente e quais ações podem fortalecer um projeto de mundo mais justo. A proposta foi olhar para a produção intelectual e simbólica das mulheres negras não apenas como denúncia, mas como elaboração de novos imaginários sociais.

A programação integrou as atividades gratuitas do Itaú Cultural. O lançamento reforça a centralidade das narrativas negras na disputa por memória, representação e políticas de existência no país, e mira, a partir delas, modos de “gestar o impossível”.

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