Os jovens foram acusados pelo patrão por um suposto roubo, o patrão afirmou que a agressão era um corretivo
Por Patrícia Rosa
Imagem: G1
O Ministério Público do Trabalho(MPT-BA) abriu uma investigação do crime de tortura contra dois jovens funcnionários negros. O crime foi cometido por um comerciante e o gerente do Atacadão das Máscaras, no Centro de Salvador (BA). O jovem William de Jesus, de 24 anos, teve as mãos queimadas com ferro, com a marca do número 171, em referência ao artigo do crime de estelionato no Código Penal Brasileiro. Marcos Silva, de 21 anos, foi espancado com golpes de madeira.
O patrão e responsável pelas agressões é Alexandre Carvalho Santos, junto com Diorgenes Carvalho Souza, gerente da loja. Eles acusaram os colaboradores de um suposto roubo de 30 reais, os jovens negaram.
A série de torturas aconteceu no dia 19 de agosto, mas foi denunciada à Polícia Civil na última sexta-feira (26). O crime foi gravado por um dos responsáveis pela loja, o vídeo mostra os funcionários sofrendo violência física e psicológica.“A gente não quer matar ele, é só um corretivo”, falou um dos agressores. Durante as agressões, os homens exigiam que as vítimas assumissem o suposto furto.
Marcos Silva, afirmou ao portal G1, que o empresário já tinha acusado outros funcionários de roubo. “Eu fiquei quase um ano trabalhando com ele, nesse período ele demitiu três funcionários por roubo, acusando sem ter provas.”
Os agressores prestaram depoimento à Polícia Civil, admitiram as agressões,em seguida foram liberados.