Motorista de aplicativo agrediu e imobilizou um passageiro negro após confundir garrafa de whiski com arma de fogo

Um motorista de aplicativo branco, Matheus Fortes Esteves, agrediu  um jovem negro, de 18 anos, durante uma corrida na última quinta-feira (17), no Rio de Janeiro.

No momento que foi imobilizado, o jovem fala que não é bandido e que é jogador de futebol e o motorista pede que pessoas liguem para polícia.

Por Patrícia Rosa

Imagem: Reprodução

Um motorista de aplicativo branco, Matheus Fortes Esteves, agrediu  um jovem negro, de 18 anos, durante uma corrida na última quinta-feira (17), no Rio de Janeiro. O motorista achou que uma garrafa de whisky, que a vítima levava dentro da bolsa, era uma arma.

Carlos Eduardo Lemos, pegou a corrida no bairro do Andaraí (RJ) para ir ao encontro da mãe em Bonsucesso (RJ). O adolescente declarou que a corrida seguia tranquila  e ele já estava próximo ao destino final quando o agressor puxou o freio de mão e deu uma cotovelada no  passageiro e disse, ‘perdeu, neguinho’.

https://www.instagram.com/p/ClKf_lYpq1a/?igshid=MDJmNzVkMjY%3D

“Eu estava com uma bolsa, que tinha guardado  meu whisky, eu ia na festa e ia beber com meu primo. Aí, ele simplesmente olhou a bolsa e ligou que fosse uma arma de fogo, achando que eu ia roubar ele”, afirmou Carlos Eduardo ao portal G1.

O momento da agressão foi registrado, na gravação aparece o momento em em que o jovem negro é imobilizado no chão, a vítima fala que não é bandido e que é jogador de futebol e o motorista pede que pessoas que estavam no lugar liguem para polícia.

“Minha mãe está preocupada aí mano, eu estava conversando agora contigo e você faz isso comigo mano”, diz o jogador de futebol.

Uma mulher que acompanhava as agressões, conversava com Carlos Eduardo durante as agressões  enquanto ele estava imobilizado pelo motorista, e ligou para a mãe dele. O motorista deu a bolsa para as pessoas que estavam no local, onde foi confirmado que o jovem levava uma garrafa de whisky.

De imediato o caso foi registrado como  lesão corporal, na  20ª Delegacia de Polícia de Vila Isabel, o jovem discorda da tipificação.”Eu acho que eu fui vítima de racismo, mais uma vítima de racismo. Eu só peço que pelo menos a Justiça faça sua parte.”

A Uber, empresa que Mateus prestava serviço, se pronunciou por nota, e declarou que não tolera discriminação e que o motorista terá a conta desativada enquanto o caso for investigado.

Compartilhar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress