Mulheres Negras se reúnem em Salvador (BA) para discutir um novo modelo de Segurança Pública

Durante os dias 14, 15 e 16 de julho, acontece o Encontro de Mulheres Negras por um novo modelo de Segurança Pública: “A gente combinamos de não morrer”, no auditório do Instituto Federal de Educação

O encontro é realizado pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, através do projeto Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar, e compõe a programação do 10º Julho das Pretas

Texto: Divulgação
Imagem: Beatriz Sousa

Durante os dias 14, 15 e 16 de julho, acontece o Encontro de Mulheres Negras por um novo modelo de Segurança Pública: “A gente combinamos de não morrer”, no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). Para entrar no local, é necessário apresentar a comprovação de vacinação contra a Covid-19.

As inscrições vão até o dia 13 de julho, através de formulário online, e a atividade dará certificado de 16 horas de participação no evento.

O evento faz parte da agenda coletiva de atividades da 10ª edição do Julho das Pretas – Mulheres Negras no Poder, construindo o Bem Viver e é realizado pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, através do Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar, projeto que há sete anos atua no fortalecimento psicossocial e no estímulo da organização política de mulheres negras mães e familiares de vítimas do Estado, em Salvador (Ba).

O encontro tem por objetivo apontar caminhos para pensar a Segurança Pública a partir da perspectiva antirracista. “É um espaço para sairmos um pouco da denúncia e pensarmos em propostas”, afirma Hildete Emanuele Nogueira, coordenadora do Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar.

Segundo o 15º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2020, a letalidade policial no Brasil atingiu o número recorde de 6.416 ocorrências, dentre as quais 78,9% das vítimas eram pessoas negras.

Para discutir o tema de forma propositiva, o encontro reúne pesquisadores e especialistas nas áreas de Segurança Pública e Direito, além de mães e pais de crianças e jovens vítimas da violência do Estado na região Nordeste.

“As mães que perderam seus filhos vítimas da violência do Estado têm um lugar central nesse debate”, destaca Hildete.

Confira a programação completa:

Dia 14/07 – 19h

Apresentação Musical

Coral de Mulheres de Alagados

Saudações Institucionais do Projeto Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar

  • Valdecir Nascimento – Odara – Instituto da Mulher Negra
  • Andreia Araujo – Centro de Arte e Meio Ambiente (CAMA)
  • Cláudia Gomes – Associação Artístico-Cultural ODEART
  • Márcia Ministra – Grupo Mulheres em Luta

Conferência de abertura: Sistema de (In)Justiças

Com Nadjane Macedo – Mãe de vítima do Estado (Ba)

Dia 15.07 – 9h às 12h

Mesa – Política de drogas e superencarceramento

  • Sarah Menezes – Instituto Negra do Ceará (INEGRA)
  • Luciene Santana – Iniciativa Negra por Uma Nova Política sobre Drogas (INNPD – Ba)
  • Elaine Paixão – Desencarcera (Ba)
  • Felipe Freitas – Doutor em Direito (Ba)

Mediação: Alane Reis – Instituto Odara (Ba)

Dia 15/07 – 14h às 17h

Mesa – Ciranda dos tiros e outras violências contra a infância e adolescência negras

  • Ana Claudia do Nascimento – Mãe de adolescente do projeto Ayomide Odara, do Instituto Odara (Ba)
  • Aurislane Abreu – Centro de Defesa da Criança e do Adolescente /Ceará
  • Joice Cristina – Associação das Comunidades Paroquiais de Mata Escura e Calabetão (ACOPAMEC – Ba)
  • Joel Castro – Pai de criança vítima do Estado (Ba)

Mediação: Amanda Oliveira – Projeto Ayomide Odara / Instituto Odara (Ba)

Dia 16/07 – 9h às 12h

Mesa – UPP: A segurança pública reduzida a três letras

  • Joselita Silva e Maurício Menezes – Pais de criança vítima do Estado (Ba)
  • Rita de Cássia Pereira – Grupo de Mulheres do Alto das Pombas (GRUMAP – Ba)
  • Laís Avelar – Professora, Mestre em Direitos Humanos, Pesquisadora sobre Direito e Relações Raciais (Ba)

Mediação: Hildete Emanuele Nogueira – Projeto Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar / Instituto Odara (Ba)

Dia 16/07 – 14h às 17h

Mesa – O papel das instituições jurídicas

  • Wagner Moreira – IDEAS Assessoria Popular (Ba)
  • Edna Jatobá – Gabinete Assessoria Jurídica Organizações Populares (GAJOP – Pe)
  • Glaucia Marinho – Justiça Global (RJ)
  • Robenilton Barreto – Pai de criança vítima da violência do Estado (Ba)

Mediação: Gabriela Ramos – Projeto Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar / Instituto Odara (Ba)

Dia 16/07 – 17h às 19h

Mesa de encerramento

  • Tatiane Assunção de Sousa – Mãe de vítima da violência (Ce)
  • Silvana dos Santos – Mãe de Vítima do Estado (Chacina da Gamboa) | Salvador -Ba
  • Mirtes Renata Santana  – Mãe do menino Miguel (Pe)
  • Glória Rejane – Mãe de vítima da violência (Pb)
  • Laene Conceição – Mãe de vítima da violência do Estado (Se)
  • Joelma Andrade – Mãe de criança vítima do Estado (Pe)
  • Priscila Sousa da Silva – Mãe de vítima da violência do Estado (RN)

Mediação: Valdecir Nascimento – Instituto Odara (Ba)

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