Mulheres negras urbanas e quilombolas promovem encontro na Chapada Diamantina (BA)

Vilma Reis, Christiane Gomes, Cleonice Santos e Ângela Guimarães estão entre as palestrantes. Mulheres de Cabo Verde, Angola e França participarão de forma virtual.

Vilma Reis, Christiane Gomes, Cleonice Santos e Ângela Guimarães estão entre as palestrantes. Mulheres de Cabo Verde, Angola e França participarão de forma virtual.

Texto/Imagem: Divulgação

Nos próximos duas 21 a 23 de julho acontece o VII Encontro Internacional de Mulheres Negras Urbanas e Quilombolas – EIMNUQ, no Clube Riocontense, em Rio de Contas, na Chapada Diamantina. O tema desta edição do Encontro é “Mulheres Negras Urbanas e Quilombolas articulando o fortalecimento político”. São esperadas 150 mulheres, conforme as pré-inscrições recebidas. Mulheres de Cabo Verde, Angola e França participarão de forma virtual para troca de experiências.

Entre as palestrantes estão a socióloga e ativista Vilma Reis, a pesquisadora e militante Janete Suzart, a jornalista e bailarina Christiane Gomes, e a líder quilombola e técnica em Enfermagem, Cleonice Santos. A secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial-SEPROMI, Ângela Guimarães, confirmou presença.

A coordenadora geral do encontro é a educadora Lígia Margarida Gomes, da Sociedade Protetora dos Desvalidos-SPD. A entidade promove o evento em conjunto com a Rota dos Quilombos e o Instituto Renascer Mulher. Para ela é mais uma oportunidade de formação política para as mulheres negras, no atual cenário de desafios.

“Reunir 150 mulheres negras urbanas e quilombolas no atual contexto significa dar concretude à vontade que temos de superar coletivamente as dificuldades impostas pelo sistema social e político que insiste em nos excluir”, afirma.

O objetivo da sétima edição é promover diálogos, discussões, rodas de conversas, palestras e propostas de ação para dar visibilidades às demandas sociais e políticas das mulheres negras, estimulando sua incidência política nos espaços de poder e decisão, na busca por reparação histórica para a população negra, justiça e democracia inclusiva.

Para as organizadoras, a luta das Mulheres Negras Urbanas e Quilombolas, perpassa as referências históricas, constituída por uma trajetória de enfrentamento e contraposição aos espaços de invisibilidade e opressão, num cenário de desigualdades de gênero e raça.

O evento foi antecedido por sete pré-encontros, de maio até o início de julho, em territórios urbanos e quilombolas de Salvador (BA), Ruy Barbosa (BA) e Mirangaba (BA), sendo três deles na Chapada Diamantina. O objetivo foi agregar e envolver as mulheres no processo de construção da programação e ampliar a representatividade.

Nas atividades programadas, o foco é o enfrentamento a todos os tipos de racismo que estruturam a sociedade para a garantia dos direitos humanos, na busca de maior incidência das mulheres negras urbanas e quilombolas na política partidária. Assim, ampliar as possibilidades de propor políticas públicas transformadoras, a partir do lugar de quem vive a excludência do sistema capitalista.

A Fundação Rosa Luxemburgo apoia o evento, que conta com a parceria do Centro Cultural Casa de Angola, CEPAFRO, Igreja Rosário dos Pretos e, diversas comunidades quilombolas.

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