Pesquisa revela alto índice de vulnerabilidade social dos jovens das periferias do Rio de Janeiro

O levantamento apontou déficits em áreas como nível de escolaridade, acesso à renda, lazer e à informação

O levantamento apontou déficits em áreas como nível de escolaridade, acesso à renda, lazer e à informação

Por Elizabeth Souza

Imagem: Divulgação

Uma pesquisa inédita realizada pela prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Especial da Juventude Carioca, apontou que 51% dos jovens com idades entre 18 e 24 anos que residem em favelas do Rio estão desempregados. 

“Se a gente quer solucionar de verdade esse problema, precisamos investir cada vez mais em educação básica”, disse o secretário da Juventude do Rio de Janeiro, Salvino Oliveira, em vídeo divulgado em suas redes sociais, mencionando também que quase 30% desses jovens nem trabalham e nem estudam.

O levantamento ainda revelou que o acesso a cursos superiores tem sido um sonho distante para os jovens da periferia do Rio de Janeiro. Apenas 8% deles conseguiram concluir alguma graduação e 2% possuem diploma de pós-graduação. 60% terminaram o ensino médio e 11% o fundamental I (1º ao 5º ano), enquanto que 17% concluíram o fundamental II (6º ao 9º ano). 

A pesquisa foi feita por mais de 400 jovens em 42 favelas que integram o Pacto pela Juventude, projeto da Secretaria Especial da Juventude Carioca em parceria com a Unesco. Durante o processo foi realizada uma coleta de campo através de  5.775 entrevistas, durante os meses de fevereiro e abril de 2023. 

“É a primeira vez que temos um Raio X completo das nossas comunidades. E feito por quem conhece de perto essa realidade”, escreveu Salvino em publicação feita na sua conta pessoal do Instagram. 

A falta de informação também foi outro problema detectado no relatório. Dos jovens entrevistados, apenas 36% com idades entre 15 e 29 anos têm internet em suas residências. Por outro lado, 9% dependem de conexão de terceiros para terem acesso à rede.

A precariedade também se estende ao entretenimento, tendo em vista que 27% dos jovens não saem das favelas para realizarem atividades de lazer e cultura.

Confira a pesquisa completa aqui

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