Professora de escola cívico-militar no Paraná é investigada por suspeita de apologia ao nazismo

A professora de História, Ana Paula Giocondo, do Colégio Estadual Cívico-Militar Marquês de Caravelas, em Arapongas (PR), está sendo investigada pela Secretaria de Educação do Paraná por suspeita de apologia ao nazismo.

Por Andressa Franco

Imagem: Reprodução

A professora de História, Ana Paula Giocondo, do Colégio Estadual Cívico-Militar Marquês de Caravelas, em Arapongas (PR), está sendo investigada pela Secretaria de Educação do Paraná por suspeita de apologia ao nazismo. Durante uma aula sobre a Segunda Guerra Mundial com alunos do 3º do Ensino Médio, foi exibido um manequim em alusão a Adolf Hitler, além de suásticas.

A atividade chegou a ser compartilhada e parabenizada nas redes sociais do próprio colégio na última sexta-feira (6), mas deletada horas depois, quando ganhou repercussão e os usuários começaram a criticar a iniciativa por apologia ao nazismo.

A deputada Carol Dartora (PT), primeira deputada federal negra do Paraná, denunciou o caso em suas redes sociais, cobrando uma resposta do governo e da Secretaria de Educação do estado. “Além de expor a figura de Hitler na escola com alunos representando o seu exército, ela ainda os levou para entrevistar a filha de um soldado nazista”, escreveu.

Dartora publicou ainda prints que mostram a professora em carreatas pró-Bolsonaro, e o post feito pelo Colégio Cívico-Militar. Na legenda, a instituição explica que se trata de “uma tarde cultural entrevistando uma senhora sobrevivente da guerra e todas suas vivências sofridas dessa época tão triste”. 

 Em uma das fotos, dois estudantes vestidos de preto aparecem do lado de um manequim com bigode e características que remetem a Hitler.

“Nossos parabéns por sua iniciativa e seu belo projeto que sem dúvida nenhuma será um marco na vida desses estudantes!”, finaliza o post do Colégio. 

Em nota, a Secretaria da Educação do Paraná informou que está apurando o caso com urgência e voltará a se manifestar assim que o levantamento for concluído.

“Desde já, a Seed-PR reforça que a apologia a quaisquer doutrinas, partidos, ideologias e demais referências ao nazismo são veementemente intoleradas em qualquer escola da rede estadual, sendo a situação relatada em Arapongas, encarada com extrema gravidade.”, diz um trecho da nota.

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