Seguradora é denunciada por demitir funcionário que se recusou a participar de culto

O caso aconteceu em Belo Horizonte (MG), na Loovi Seguros

Da Redação

Ganhou repercussão nas redes sociais na última semana o vídeo divulgado por um atendente que mostra o momento em que foi demitido de uma seguradora, por se recusar a participar de um culto evangélico que aconteceu na empresa. O caso aconteceu em Belo Horizonte (MG) no dia 27 de janeiro, e a empresa em questão é a Loovi Seguros. 

Na gravação, o homem discute com o presidente da empresa, Quézide Cunha, que afirma que o funcionário já deveria ter ido embora, a menos que “queira ser humilde” e ficar todos os dias nos cultos. Apesar do trabalhador ter argumentado que não estava se sentindo bem para participar naquele dia e que ficaria trabalhando, ouviu de Cunha que: “Se você não tá bem pra um culto, você não tá bem nem pra estar dentro da empresa”.

“Me mandou embora, estou demitido porque eu não quero participar do culto”, comenta o rapaz com outra pessoa na sequência, finalizando o vídeo.

O caso foi submetido ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e denunciado ao Ministério Público do Trabalho (MPT). A primeira audiência está agendada para março, no TRT.

Segundo apuração do G1, a defesa do ex-funcionário acusa a seguradora de impor práticas religiosas aos colaboradores como parte de sua cultura organizacional, de modo que semanalmente as atividades são interrompidas para participação obrigatória de cultos. Prática que viola o princípio do respeito à liberdade religiosa tanto na Constituição Federal quanto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Mas essa não é a única acusação enfrentada pela Loovi Seguros, a empresa também está sendo denunciada ao governo federal pela Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) por propaganda enganosa e por atuar de maneira irregular no setor de seguros.

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