Texto: Divulgação
A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) aprovou a Licenciatura em Educação Escolar Quilombola, que tem como objetivo garantir a formação docente específica para as populações quilombolas do estado. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a UFPE, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) e o Instituto Federal de Educação do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE), com apoio da Coordenação Estadual de Articulação das Comunidades Quilombolas de Pernambuco.
Serão atendidos tanto professores em exercício na educação básica pública em escolas quilombolas, que ainda não possuem a formação exigida pela Resolução nº 8, de 20 de novembro de 2012, do Conselho Nacional de Educação (CNE), quanto estudantes egressos do ensino médio. Os egressos da licenciatura estarão aptos a atuar em diversas modalidades da educação básica, incluindo gestão escolar e práticas educativas nas comunidades quilombolas.
Com duração de oito semestres, a licenciatura será ofertada na modalidade presencial, com cem vagas distribuídas entre as terminalidades de Pedagogia, Matemática e Ciências da Natureza, e Ciências Sociais. A metodologia adotada será a alternância pedagógica, com períodos de formação tanto nos campi da UFPE, IFPE Garanhuns e IFSertãoPE.
O processo seletivo será exclusivo para candidatos quilombolas e contará com um edital específico, direcionado a estudantes egressos do ensino médio e professores que atuam em escolas quilombolas de Pernambuco. O início das aulas está previsto para o primeiro semestre de 2025.
A UFPE destaca que o curso presta homenagem a Nêgo Bispo, ativista e professor do movimento quilombola, reconhecido por sua defesa dos direitos e valorização da cultura quilombola, que faleceu em dezembro de 2023.
Iniciativa segue tendência de outras universidades no Brasil
Além da UFPE, outras universidades brasileiras também têm criado licenciaturas voltadas para a formação de professores quilombolas. Instituições como a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), a Universidade Estadual do Sul da Bahia (UESB), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) oferecem cursos semelhantes.