III Jornada Pela Vida das Mulheres Negras denuncia negligência do Estado no combate à violência contra mulheres negras no Nordeste

Evento reúne dezenas de atividades em sete estados e destaca ações de combate à violência

Texto: Divulgação

A III Jornada Pela Vida das Mulheres Negras acontece até 30 de novembro, mobilizando 29 organizações em 49 atividades distribuídas por sete estados nordestinos: Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Sob o tema “Acesso à Justiça: Enfrentando a Violência Doméstica, Familiar e o Feminicídio no Nordeste”, a iniciativa combina encontros presenciais e virtuais para abordar a violência de gênero e o racismo institucional. 

Organizada pela Rede de Mulheres Negras do Nordeste, a Jornada integra os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. A programação inclui rodas de conversa, oficinas e debates que visam fortalecer políticas públicas e estratégias coletivas para ampliar o acesso à justiça. 

No dia 27 de novembro, o Seminário Regional “Acesso à Justiça Pela Vida das Mulheres Negras no Nordeste” será realizado no Maranhão, reunindo representantes do sistema de justiça, segurança pública e movimentos sociais. A pauta do seminário inclui a construção de políticas públicas e a promoção de ações integradas para prevenção da violência doméstica e do feminicídio, alinhadas aos objetivos da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.

O evento é uma das ações estratégicas do Observatório da Violência Doméstica e Feminicídio no Nordeste, iniciativa da Rede de Mulheres Negras do Nordeste que monitora e acompanha casos de violência contra mulheres negras. O Observatório também busca articular políticas regionais e nacionais que combatam o racismo e o sexismo nas estruturas institucionais.

Desde sua criação, em 2022, a Jornada Pela Vida das Mulheres Negras atua como uma plataforma de incidência política, agregando esforços de centenas de organizações. Por meio dela, o movimento de mulheres negras reafirma sua luta contra a violência de gênero e o racismo, buscando garantir direitos fundamentais e promover justiça para as mulheres negras do Nordeste.

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