Websérie ‘Papo de Arte Negra com Márcia Short’ enaltece protagonismo artístico feminino

Com estreia prevista para o dia 11 de julho, a websérie será exibida sempre às 19h no canal da cantora no YouTube. O projeto cria espaço para as reflexões de uma artista negra com mais de 30 anos de carreira e vai além do fazer artístico ao refletir a trajetória de outras tantas artistas baianas negras.


Texto: Divulgação

Imagem: Canto do Galo Filmes

A websérie “Papo de Arte Negra com Márcia Short”, protagonizada pela cantora baiana Márcia Short, traz em seis episódios uma abordagem da musicalidade negra feminina incorporada à produção artística na Bahia.

Com estreia prevista para o dia 11 de julho, a websérie será exibida sempre às 19h no canal da cantora no YouTube. O projeto cria espaço para as reflexões de uma artista negra com mais de 30 anos de carreira e vai além do fazer artístico ao refletir a trajetória de outras tantas artistas baianas negras. 

Na obra, Márcia Short fala de suas experiências e traz Lazzo Matumbi como artista convidado. Os seis episódios são voltados a diálogos com uma das mais importantes artistas negras do país em uma perspectiva interseccional sobre os impactos da desigualdade de gênero que ainda reverberam na trajetória da produção de uma artista negra.

Márcia Short explora a perspectiva como artista sobre o seu próprio produto artístico, além de revelar os desafios de manter uma carreira por décadas em um país com pouco reconhecimento do protagonismo de mulheres negras. 

Ao longo de cada episódio da websérie, ficam evidenciadas as dinâmicas da produção musical brasileira e os seus meandros de funcionamento com base em noções de gênero, raça, região e regionalismo. As estratégias políticas desenvolvidas pela artista em Salvador, em um contexto marcado pelo racismo, ganham destaque na produção.

Márcia acredita que a arte é uma ferramenta importante para a educação e fundamental para a transformação social. Ninguém melhor do que ela, que sempre viveu da arte no Nordeste, para ser capaz de proporcionar reflexões profundas acerca da indústria da arte e do entretenimento e discutir o futuro da música negra produzida diretamente na Bahia.

A trajetória da cantora se apoia em iniciativas repletas de ineditismo, proporcionando espaços de fala de uma mulher negra artista, que construiu uma carreira de sucesso em um território que é forjado pelo machismo e pela misoginia e invisibiliza o discurso das negras além de resgatar a essência artística ao causar impactado por mudanças que promovam o direito e o espaço dessas mulheres.

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

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