Otoniel da Silva Lopes recebeu tapas pelo rosto, empurrões, ele denunciou que foi chamado de marginal de favelado
Por Patrícia Rosa
Imagem: Reprodução
Ana Cláudia Antes Cardoso, acusada de crime de injúria racial contra o vigilante Otoniel da Silva Lopes, teve a liberdade provisória concedida pela Justiça na última terça-feira (5). De acordo com a decisão judicial, a suspeita responderá o processo em liberdade e terá que se apresentar mensalmente no poder judiciário e está proibida de frequentar o hospital onde o crime aconteceu.
O caso aconteceu na noite do último domingo (3), no Hospital Casa São Bernardo, localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, quando Ana Cláudia se recusou a tirar o carro de uma vaga destinada para ambulâncias. De acordo com a vítima a suspeita tentou jogar o carro contra ele, mas atingiu os cones de sinalização. Testemunhas gravaram as agressões, o vídeo mostra funcionário tentando impedir a passagem de Ana Cláudia em áreas restritas do hospital, e recebendo empurrões e tapas.
O caso foi registrado no 16 ° Distrito Policial da Barra da Tijuca, onde Otoniel denunciou que a mulher ainda o chamou de “preto, marginal e favelado”. “Quero entrar com uma ação contra ela, pra tentar fazer com que as pessoas tomem consciência que isso não é bom, que isso é errado”, declarou a vítima ao SBT News.
A defesa da suspeita, feita pelo advogado Eduardo Cardoso, declarou à reportagem, que a mulher estava sob forte pressão pois a mãe estava internada no mesmo hospital e que Ana Cláudia foi assaltada, assim que retirou o veículo, conforme pedido pelos seguranças.