Estamos no mês de março, conhecido internacionalmente como o mês da luta feminista, e nós, da Revista Afirmativa, te convidamos a algumas reflexões: Você sabia que apenas 6% das pessoas eleitas para vereança e prefeitura em 2020 eram mulheres negras? Curitiba (PR), Vitória (ES) e Goiânia (GO), por exemplo, elegeram mulheres negras vereadoras pela primeira vez na história.
Em 2018, a bancada feminina na Câmara dos Deputades passou de 51 para 77 mulheres, das quais apenas 13 são negras. Esse número, no entanto, representa apenas 15% das 513 cadeiras da Casa. Mais uma vez em ano eleitoral, 2022 é uma nova oportunidade de melhorar esses números.
Você acompanha o que as parlamentares negras eleitas nos últimos pleitos estão fazendo? E aquelas que você talvez não conheça, imagina os desafios cotidianos que cada uma tem enfrentado? Sabe quais cidades não têm representantes políticas negras? Conhece as pautas prioritárias defendidas por cada uma em seu território? E quando se tratam de Mandatas Coletivas, sabe se a atuação vem funcionando?
Para além do 8 de março – Dia Internacional das Mulheres, este mês traz agendas indispensáveis para a população negra, inclusive no cenário político. Tal como o dia 14 de março, quando se completam quatro anos do assassinato da ativista e vereadora negra Marielle Franco, crime político ainda sem justiça. A Afirmativa segue os ventos do Março de Lutas, agenda coletiva realizada pela Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) e Rede de Mulheres Negras do Nordeste.
Com o objetivo de ouvir parlamentares negras de diferentes regiões do país, e entender como o trabalho dessas mulheres geram impacto na política institucional para além da representatividade, a Revista Afirmativa lança hoje a série “Política de Pretas”.
Serão 5 textos abordando trajetória, projetos e a atual conjuntura política com as entrevistadas: Dani Monteiro (PSOL – RJ), a deputada mulher mais jovem a ocupar uma vaga na Alerj; Jô Oliveira (PCdoB – PB), a primeira negra eleita vereadora em Campina Grande; Lívia Duarte (PSOL – PA), a vereadora de Belém do Pará, que é mãe e madrasta, feminista negra socialista e psicóloga; a mandata coletiva Nossa Cara (PSOL – CE) formada por três mulheres negras, periféricas e ativistas de Fortaleza: Adriana Gerônimo, Louise Santana e Lila M. Salu; e a mandata coletiva Pretas Por Salvador (PSOL – BA), formada por Laina Crisóstomo, fundadora da ONG TamoJuntas, Cleide Coutinho, feminista, evangélica e dirigente do Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM), e por Gleide Davis, pesquisadora e militante pela vida da juventude negra.
Acompanhe, participe, divulgue e vote em mulheres negras!
Coordenação editorial: Alane Reis e Jonas Pinheiro.
Reportagens: Andressa Franco e Patrícia Rosa.
Identidade Visual: Polianna Silva.