Da Redação
O Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP) aprovou a criação da Medalha Tereza de Benguela, para homenagear advogadas negras que contribuíram para a história da entidade em prol a justiça e igualdade.
Tereza de Benguela foi líder do Quilombo do Quariterê no século XVIII, onde a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas. O Quariterê abrigava mais de 100 pessoas. Conhecida como “Rainha Tereza”, ela assumiu a liderança quando seu marido, José Piolho, foi assassinado por soldados do Estado.
Localizado onde hoje está a fronteira entre Mato Grosso e Bolívia, foi o maior quilombo do Mato Grosso e resistiu até 1770, quando foi destruído pelo militar, diplomata e político português Luís Pinto de Sousa Coutinho.
A data escolhida para a distribuição das medalhas foi 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. No Brasil, a data é oficialmente o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
A honraria foi proposta pela diretora secretária-geral adjunta da seccional paulista, Dione Almeida, quando assumiu a presidência interina da OAB-SP, sendo a primeira mulher negra a ocupar o cargo em 91 anos.