Pesquisa realizada por universidades brasileiras investiga impactos da pandemia no acesso ao aborto legal

O estudo diagnosticou que a sobrecarga e o colapso no sistema de saúde em todo o Brasil impactaram o acesso ao aborto, métodos contraceptivos e tratamento de DST’s

Texto: Divulgação

Com o objetivo de investigar os impactos da pandemia da Covid-19 no acesso ao aborto legal, em 2022 teve início o projeto de pesquisa Impactos da Pandemia de Covid-19 no Acesso ao Aborto Legal no Brasil. Associado a estratégias de advocacy e litigância. o projeto busca produzir um diagnóstico sobre como a pandemia afetou os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres, meninas e pessoas que gestam. 

A pesquisa, atualmente em andamento, possui alcance nacional, abarcando diversas regiões do Brasil. Seu desenvolvimento se desdobra em várias frentes, incluindo levantamento de dados empíricos, pesquisa documental e jurisprudencial, análise das informações coletadas e proposição de ações concretas. Uma dessas frentes envolve um questionário online, que pode ser respondido anonimamente por qualquer pessoa maior de 18 anos. O estudo é financiado financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Coordenado pela professora Taysa Schiocchet, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o estudo tem colaboração com outros pesquisadores da mesma instituição, de áreas diversas como direito, saúde coletiva, comunicação e ciências sociais. 

Segundo a equipe pesquisadora, a pandemia aumentou os obstáculos já existentes ao acesso a tratamentos, procedimentos e políticas fundamentais para o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos, especialmente diante de situações de violência sexual. O aumento dos casos de violência contra mulheres e meninas, combinado com o acesso limitado a canais de denúncia e serviços de proteção, resultou em uma diminuição das notificações dessa violência. A sobrecarga e o colapso no sistema de saúde em todo o país também impactaram negativamente o acesso ao aborto legal, métodos contraceptivos e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis.

Além da professora, a pesquisa conta com a participação de pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade de São Paulo (USP/Ribeirão Preto).Para outras informações sobre o projeto, acesse cdh.ufpr.br ou contate o e-mail contato.cdhufpr@gmail.com. É possível acompanhar as atualizações pelo instagram, no perfil @cdhufpr.

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