Por Patrícia Rosa
Um homem de 29 anos foi preso nesta quarta-feira (08), na cidade de Vitória de Santo Antão (PE) pelo crime de estupro de vulnerável contra a sobrinha de seis anos. O crime aconteceu no município de Areia Branca (RN). O abusador é pastor da igreja evangélica Filadélfia.
A queixa foi registrada na última segunda-feira, na 42ª Delegacia de Polícia de Areia Branca (42ª DP). O suspeito se entregou à polícia na tarde desta quarta-feira (08), na 61ª DP, de Vitória de Santo Antão, em Recife (PE). Durante uma coletiva de imprensa, o delegado Raphael Laboissiére, confirmou a prisão do suspeito e afirmou que polícia tinha conhecimento de onde ele estava foragido.
“Ele se apresentou, a gente estava no encalço dele, a gente tinha as informações de que ele tinha saído de Areia Branca, tinha ido em direção ao sul do estado, depois ele foi para João Pessoa e estava em Pernambuco. Ciente dessas informações, a gente entrou em contato com a defesa e a gente entendeu, com eles, que era a melhor coisa para ele se apresentar”, afirmou o delegado.
A confissão do crime foi registrada em um vídeo, que circula nas redes sociais. Na gravação, o agressor minimiza o estupro.
“Por favor, tenha pena de mim. Eu peguei ela, coloquei na cama, eu peço perdão, eu acariciei ela, mas eu não toquei nela, não penetrou nem nada diante de Deus, eu só lambi”, falou o pastor.
A gravação aconteceu durante uma conversa do pastor com a irmã e mãe da vítima. Durante a discussão, a mãe confronta o irmão e questiona o porquê da menina estar com marcas nas partes íntimas. A garota relatou detalhes da agressão. O homem justifica, pede desculpas e justifica o ato por problemas no casamento, e pede perdão, caso não seja alardeado e diz que é fraco.
O nome do abusador não foi revelado, com o intuito de resguardar a intimidade e a integridade emocional das vítimas, segundo a Polícia Civil. Durante a coletiva de imprensa, o delegado salientou sobre a tipificação do crime de estupro.
“É importante ressaltar que estupro de vulnerável, assim como estupro, não precisa ter conjunção carnal, qualquer ato libidinoso contra a vontade da vítima, no caso do estupro, ainda que tenha consentimento de uma menor de 14 anos, é considerado estupro”, explicou.
A polícia segue na investigação e vai avaliar se o pastor já teria cometido crimes semelhantes.
