Secretário anunciado em Feira de Santana (BA) foi réu por importunação sexual

No último dia 8, Justiça declarou extinção de processo contra secretário

Por Karla Souza

Silvaney dos Santos Araújo, anunciado como secretário de Agricultura e Recursos Hídricos de Feira de Santana, pelo prefeito Zé Ronaldo (União), respondeu a um processo por importunação sexual que tramitou na Vara Criminal de Irará, na Bahia. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e recebida em 23 de abril de 2021. Segundo os autos, o caso teria ocorrido no município de Água Fria, e a acusação transformou o então investigado em réu logo após a aceitação da denúncia.

Conforme o processo, Silvaney não apresentou defesa no prazo estipulado e foi representado por um defensor público. Em março de 2022, após ser intimado, ele participou virtualmente de uma audiência, aceitou uma proposta de suspensão condicional do processo feita pelo MP-BA que incluíam quatro doações pecuniárias supervisionadas pela Central de Acompanhamento de Alternativas Penais (CEAPA).

No último dia 8, foi determinado pela Justiça, a pedido do MP-BA, que o cumprimento de pena alternativa das condições resultou na extinção da punibilidade, conforme decisão judicial. Apesar disso, novas informações indicam que Silvaney não compareceu trimestralmente à comarca, como acordado. Em justificativa apresentada, ele alegou que, por falta de conhecimento técnico, entendeu que o cumprimento das doações junto à CEAPA encerrava todas as obrigações. O promotor de Justiça Thiago Castro Praxedes reconheceu a justificativa e solicitou à Justiça a extinção da ação penal.

O caso voltou a ganhar destaque após denúncia publicada pelo portal Bahia Notícias, em 7 de janeiro deste ano, apontando que o acusado não havia respondido no prazo inicial.Em nota enviada ao Bahia Notícias, a Prefeitura de Feira de Santana afirmou que Silvaney ainda não foi oficialmente nomeado para o cargo de secretário. A administração destacou que, para assumir cargos de confiança, os nomeados devem apresentar documentos e certidões, como antecedentes criminais, certidões cíveis e criminais da Justiça Estadual e Federal, e declarações patrimoniais. A prefeitura reafirmou que essas exigências visam garantir lisura e confiança na gestão pública.

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