Festival Mulheres Negras na Literatura Pernambucana reivindica apoio das editoras e políticas públicas para as autoras negras

Durante a terceira edição do Festival Mulheres Negras na Literatura Pernambucana cerca de cinquenta escritoras, contadoras de histórias, pesquisadoras, autoras, bibliotecárias e professoras negras, debateram a necessidade de mais apoio à cadeia cultural da literatura.

O evento elaborou uma carta aberta ao Governo de Pernambuco  propondo capacitações, debates e incentivo às mulheres negras ligadas à literatura pernambucana

Texto e Imagem: Divulgação

Durante a terceira edição do Festival Mulheres Negras na Literatura Pernambucana cerca de cinquenta escritoras, contadoras de histórias, pesquisadoras, autoras, bibliotecárias e professoras negras, debateram a necessidade de mais apoio à cadeia cultural da literatura. Incentivo e fortalecimento das ações realizadas dentro das comunidades por parte do poder público, foi um dos pontos reivindicados.

Com o tema central “Tecendo Saberes Ancestrais”, o evento bianual aconteceu no último sábado (05). Durante o encontro também foi pautada a necessidade das editoras contribuírem para publicação e difusão das produções escritas pelas mulheres negras.

“A partir dessa vivência que tivemos juntas, vamos protocolar, no Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura, uma carta aberta, levando nossas demandas que foram propostas durante essa roda de diálogo, solicitando mais investimento, capacitação e debates. ”afirma a produtora cultural, contadora de histórias e idealizadora do evento, Roma Julia.

Tamires Carneiro, uma das debatedoras, reforçou a importância das mulheres neste contexto da produção literária e cobrou uma abertura de espaço junto ao mercado editorial. “O mercado editorial precisa abrir as portas porque as mulheres negras estão escrevendo, porém falta essa ponte para escoar essas produções para o público. Esta literatura precisa estar na escola, nas bibliotecas públicas, nas universidades.”

Para debater sobre o assunto, o festival convidou a especialista em Letras e pós-graduada em educação pela UFPE,  Josecleide Guilhermino; biblioteconomia e pedagoga, formada pela UFPE, Marta Diniz; a candomblecista e juremeira, professora da educação básica e mestranda em educação no programa de pós-graduação em educação, e integrante do Laboratório de Educação das Relações Étnico-Raciais da UFPE, Tamires Carneiro. Também participaram a graduanda em psicologia e Núcleo de Políticas de Educação das Relações Étnico-Raciais da UFPE, Helen Silva.

Durante o encontro, a organização definiu que a próxima edição do Festival Mulheres Negras na Literatura Pernambucana, prevista para 2024, com a proposta de circular por outras regiões e comunidades do estado.

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