
BOLETIM 1: Ecos dos Manuscritos de Búzios – 1798
A série Ecos dos Manuscritos de Búzios – 1798, reúne uma série de artigos (que poderiam ser boletins sediciosos noutros tempos) sobre as mídias negras
A série Ecos dos Manuscritos de Búzios – 1798, reúne uma série de artigos (que poderiam ser boletins sediciosos noutros tempos) sobre as mídias negras
Pensando numa perspectiva de longo prazo sobre o punitivismo e o medo implantado a população negra na cidade de Salvador, é impossível não falar de uma certa “Pedagogia do medo”, de uma pedagogia usada para suprimir as Forças Revolucionárias durante a Revolta dos Búzios.
Na experiência ocidental tudo é combustível para alimentar o capitalismo, por isso, até os corpos são consumíveis. Nessa frequência, há uma sanha para que o corpo do outro seja reduzido apenas ao plano estético. A atração deixa de ser sensorial e passa a ser uma armadilha publicitária. Está aí os aplicativos que não nos deixa mentir. O sujeito eleito atrativo e
Para nação angola, o Tempo é divindade que alicerça nossa existência. Cumpre essa função por ser capaz de nos acompanhar na sabedoria e na ignorância enquanto trilharmos a jornada de tornarmos-nos alguém. Ele, o tempo, é dono do feitiço maior, aquele que amarra o inicio e o final de todos os ciclos. E nos permite transitar entre as mais tenras sensações:
Nesse período de quarentena, o tema da saúde mental está em voga especialmente porque há um encontro com as camadas mais profundas da nossa subjetividade. Mas não é possível desconsiderar as dimensões estruturais que desembocam em uma série de atravessamentos de gênero, raça e classe
Enquanto o mundo branco se apressa em nos solicitar alternativas ao seu destino aterrorizador, nós, o mundo negro, vivemos as consequências maléficas de sua opção civilizatória. O planeta numa marcha breve se transforma em uma grande favela: as desigualdades sociais e ambientais aliadas às políticas de morte circundam a vida de milhares de pessoas em
“Quem é você? Do que você tem medo”. Essas são algumas das provocações levantadas no longa-metragem “Black is King” escrito, dirigido e produzido por Beyoncé, álbum visual que de forma decolonial materializa memórias e nos convida a viver em universo de potência, imersos em uma experiência sensorial de cura, afeto e ancestralidade.
Quem nós somos? De onde viemos? Essas são algumas questões que Black is king (2020) tenta nos responder, diante do fato de que muitas pessoas negras “não se lembram de quem eram, do que eram, de onde vieram, e dos motivos para tentarem fazer esquecê-las disso”.
Assistir ao filme 12 anos de escravidão (2013) não deixa de causar certo incômodo. Com fortes cenas de sofrimento e humilhação, o diretor Steve McQueen consegue chocar retratando uma situação a ponto de transformar a dor física dos personagens em dor psicológica para o público.
E tomo por direto assim o fazer. Você não sabe o por quê? Vou tentar te explicar. Se imagine aí você, desde a infância, ser preterida em casa, na escola, com as outras crianças. Imaginou? Agora imagina uma adolescência de novos preterimentos, nenhuma referência nas mídias, nenhuma referência nas artes,